Jornal de Malta ‘ousa’ criticar a francesinha
A abertura de um voo direto entre Malta e Porto levou uma repórter das ilhas a vir conhecer a ‘cidade invicta’. Rachel Rigby adorou a reportagem, mas… criticou a francesinha.
É um crime de lesa-pátria, para aqueles que dizem (sentem) que o Porto é uma nação. Uma jornalista estrangeira veio à cidade para falar mal de um prato emblemático.
O The Times of Malta enviou a repórter Rachel Rigby para dar a conhecer o Porto, que a partir de abril passa a ter uma ligação direta para Malta.
“O Porto é ainda uma dificuldade para os malteses exploradores, que têm de voar para Espanha e depois enfrentar uma longa condução. Com os voos diretos, os malteses vão poder apreciar a gastronomia portuguesa no bonito porto do Porto, enquanto os habitantes do Porto poderão nadar nas águas quentes de Malta”, realçou a profissional.
Uma gastronomia que surpreendeu Rachel Rigby pela negativa. A francesinha, prato típico que atrai tantos forasteiros, é desaconselhado pela jornalista maltesa.
“A francesinha é uma sande portuguesa feita com pão, fiambre, linguiça, salsicha e bife, coberta com queijo derretido e um quente e grosso molho de tomate e cerveja”, descreveu.
“Esta combinação mortal é ainda servida com batatas fritas. Senti-me um pouco enjoada. Não era assim tão saborosa e não entendo como é tão popular”, acrescentou Rachel Rigby.
Um destaque anterior da reportagem talvez explique esta reação inesperada. Antes de ir à francesinha, a maltesa foi às Caves de Gaia, provando vários vinhos.
De seguida, ainda esteve a beber cocktails, reportou.
Só para os mais bairristas, uma outra possível explicação: a repórter maltesa comeu a francesinha em… Gaia.