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Jornais online ganham terreno à imprensa em papel, na última década

Dados sobre a evolução da venda dos jornais em papel, divulgados pela Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação, apontam num decréscimo acentuado, com os desportivos e os semanários em destaque (a perderem, respetivamente, 42 e 39 por cento). A imprensa online está a ganhar terreno.

A venda de jornais em papel está em quebra acentuada e na última década perderam para a imprensa online. De acordo com números da Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação, divulgados pela agência Lusa, os jornais desportivos (que lideram as perdas) venderam menos 57 mil exemplares por dia, em média. Estes números dizem respeito ao Jogo e ao Record, já que A Bola não fornece dados.

Já os semanários auditados por aquela associação registaram uma perda semanal de 91 mil jornais. São nove publicações avaliadas, entre as quais cinco que já fecharam portas.

No que diz respeito à imprensa generalista, a descida média atingiu os 30 por cento, com perdas que quase atingem os 100 mil exemplares por dia, no total dos jornais avaliados: Jornal de Notícias, Correio da Manhã, Diário de Notícias, Público e o i (além do 24 Horas, que fechou as portas. Em 2004, estes jornais vendiam 366 mil exemplares por dia, agora quedam-se pelos 257 mil.

Em contraciclo seguem os jornais económicos, que assinalam um aumento de 17 por cento nas vendas. O interesse por este tipo de conteúdo – que não era tão notório há 10 anos – levou a que se vendam mais jornais sobre economia.

A imprensa online está a ganhar terreno, com cada vez mais leitores. As diversas plataformas e as redes sociais ajudaram a esta escalada dos jornais online, que conseguem chegar a cada vez mais leitores. Apesar de tudo, especialistas consideram que o jornal em papel nunca deixará de existir.

Esta perda de audiência é considerada efeito de um processo de readaptação que a imprensa tradicional tem de enfrentar.

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