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Jonas Salk, pai da vacina da poliomielite, homenageado com google doodle

doodle jonas salk O cientista Jonas Salk, que desenvolveu a vacina contra a poliomielite, é lembrado hoje com um google doodle, no dia em que se assinala o 100.º aniversário do seu nascimento. “Obrigado, Dr. Salk”, dizem as crianças deste doodle, em agradecimento a um médico que foi responsável pela quebra da mortalidade provocada pela poliomielite. Salk nunca patenteou a vacina que o transportou para a lista de grandes nomes da ciência e preferiu vê-la amplamente disseminada pelas crianças de todo o mundo, porque o lucro nunca foi o objetivo deste seu trabalho notável que hoje se agradece, uma vez mais.

Com um google doodle, o gigante da Internet assinala o 100.º aniversário do nascimento de Jonas Salk, cientista norte-americano que desenvolveu a primeira vacina eficaz contra a poliomielite.

Jonas Salk é lembrado, neste doodle, com uma ilustração bem marcante. Duas crianças seguram um cartaz com uma mensagem que dispensa mais palavras. “Obrigado, Dr. Salk!”.

São palavras que representam a importância do trabalho deste virologista, na luta contra uma doença que vitimava, sobretudo, crianças.

Mas há mais dados que permitem perceber a dimensão da descoberta de Jonas Salk: a comparação entre o número de mortes antes da vacina e depois da vacina.

Nos dois anos antes da vacina ser descoberta e colocada no sistema de saúde dos Estados Unidos, o número médio de casos de poliomielite, naquele país superou os 45 mil. Já em 1962, depois de a vacina de Salk a ser ministrada, dá-se uma drástica quebra na mortalidade, para 910 perdas.

Jonas Salk graduou-se na Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque, 1939. Começa imediatamente a exercer medicina no Hospital Mount Sinai, naquela cidade norte-americana.

Era visto como um investigador talentoso, dotado pelo conhecimento, fortalecido com o desejo de aplicar a sua visão na ciência. Era médico, mas dedicou-se, em paralelo, à investigação, na Universidade de Michigan.

Nessa altura, Jonas Salk participou numa investigação que tinha como objetivo desenvolver uma vacina contra a gripe, a pedido do exército dos EUA. Mas é necessário recuar no tempo alguns anos, para se perceber o que representava a poliomielite, na adolescência e infância do próprio cientista que a combateu no laboratório.

Em meados de 1910, verificou-se um aumento dramático dos casos de poliomielite em todo o mundo, com epidemias muito comuns, sobretudo nas grandes cidades e no período de verão.

Vítimas da doença, milhares de crianças e adultos ficaram paralíticos, o que instou a comunidade médica e cientista a tentar a criação de uma vacina. Jonas Salk viveu esta realidade, como potencial vítima, mas sobretudo como o jovem curioso que chegou onde todos tentavam chegar: criar a vacina contra a poliomielite.

Em 1947, Salk foi nomeado diretor de uma laboratório da Universidade de Pittsburgh School of Medicine. E foi precisamente nesta instituição que desenvolve técnicas que o ajudariam a descobrir essa vacina.

A pesquisa que o virologista vinha desenvolvendo suscitou grande curiosidade do presidente da Fundação Nacional para a Paralisia Infantil, Basil O’Connor, que apoiou o médico nesta batalha contra uma doença devastadora.

Na década de 50, a vacina foi testada pela primeira vez em macacos e, em seguida, em pacientes com poliomielite. Mas também um grupo de pessoas sem a doença – inclusive Jonas Salk – predispuseram-se a testar a reação do corpo à vacina.

Salk, a sua família e voluntários do laboratório participaram nos ensaios iniciais, sem que nenhum apresentasse efeitos secundários adversos da vacina.

Em 1954, um milhão de crianças com idades entre 6 e 9 anos participa num teste à escala nacional, nos Estados Unidos. Metade recebeu a vacina e a outra metade recebeu um placebo. O resultado foi tremendamente eficaz. A 12 de abril de 1955, a vacina foi declarada segura e eficaz.

A vacina contra a poliomielite reduziu o número global de casos da doença por ano de centenas de milhares para menos de mil. Os esforços pela vacinação, apoiados pela Organização Mundial da Saúde, UNICEF e pelo Rotary International permitiram erradicar a doença.

Hoje, dia em que Jonas Salk completaria 100 anos, é lembrado com um google doodle, de agradecimento por ter salvado milhões de crianças. Salk morreu aos 80 anos, a 23 de junho de 1995. Hoje, é dia de dizer “Obrigado, Dr. Salk”.

Um detalhe para encerrar esta história notável: Jonas Salk referiu não patentear a vacina, mesmo sabendo que essa patente poderia dar-lhe grande lucro. Optou por vê-la disseminada e distribuída pelas crianças, sem restrições de qualquer espécie.

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