A reforma de Johnny Depp “não está muito longe”, antecipa o próprio. Cansado de ser ator, “uma loucura para um ser humano”, Depp admite a vontade de realizar atividades “muito mais tranquilas”, depois de anos em que disse “mais palavras de guiões do que próprias”.

O fim da carreira de Johnny Depp “provavelmente não está muito longe”, como o próprio avisou durante um programa de rádio no Reino Unido. O ator lamentou a falta de personalidade da profissão, que o obriga a dizer “mais palavras de guiões do que próprias”, e salientou que necessita de tempo para desenvolver atividades pessoais, “muito mais tranquilas”.

“Não quero afirmar que vou retirar-me a qualquer momento, mas provavelmente não está muito longe. Quando pensas na quantidade de diálogos que tens de dizer por ano e vês que disseste mais palavras de guiões do que palavras tuas, apercebes-te de que esta profissão é uma loucura para um ser humano”, explicou-se Depp.

Uma “loucura” que permitiu manter um segredo nos últimos anos, só revelado em junho: o ator está quase cego do olho esquerdo. Foi, ainda assim, a profissão que levou Johnny Depp ao estrelato, sobretudo pelas (oito) parcerias com o realizador Tim Burton e pela presença na saga ‘Piratas das Caraíbas’, onde desempenhou o icónico Jack Sparrow.

O papel do pirata foi um dos que valeu uma nomeação para o Óscar de melhor ator, tal como aconteceu com nos filmes ‘À procura da Terra do Nunca’ e ‘Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro da Rua Street’. Contudo, Depp nunca venceu o prémio mais prestigiado da Academia.

O ator começou a cortar caminho para o sucesso como ‘Eduardo Mãos-de-tesoura’, de 1990.