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Jogo em Macau representou em 2018 mais de 90% das receitas totais das concessionárias

O jogo representou em 2018 mais de 90 por cento das receitas das concessionárias, segundo um relatório hoje divulgado pelas autoridades dedicado à análise do desenvolvimento da diversificação da economia do território.

“Em 2018 as receitas totais das seis concessionárias cifraram-se em 335,34 mil milhões de patacas [37,44 mil milhões de euros], das quais 90,03 por cento eram provenientes das atividades do jogo e 9,97 por cento das receitas das atividades não relacionadas com o jogo”, pode ler-se no documento.

Ambas as atividades cresceram mais de 13 por cento em relação ao mesmo período de 2017.

No que respeita às atividades não jogo, as receitas provenientes do alojamento das concessionárias de exploração dos jogos de fortuna ou azar detiveram o maior peso, representando 42 por cento em 2018, seguindo-se o comércio a retalho e o aluguer de instalações.

Já do ponto de vista da estrutura setorial de Macau, calculada pelo valor acrescentado, o jogo continua a ser “predominante na economia de Macau”. Contudo, “com a grande prosperidade (…) do jogo, outros principais setores não jogo têm-se desenvolvido bastante nos últimos anos”, sublinhou-se no relatório.

De resto, entre 2015 e 2018, as receitas dos principais setores não jogo aumentaram 6,8 por cento, passando de 359,08 mil milhões de patacas (40 mil milhões de euros) em 2015 para 383,43 mil milhões de patacas (42,8 mil milhões de euros) em 2018.

Se o jogo registou uma subida nas receitas de 30,6 por cento, na área dos serviços, os três setores não jogo que registaram crescimentos mais acentuados nas receitas foram os hotéis e similares (+43,2 por cento), as atividades financeiras (+29,2 por cento) e as atividades imobiliárias e serviços prestados às empresas (+25,5 por cento).

No relatório concluiu-se que tanto no que respeita às receitas, como ao valor acrescentado, “constata-se uma evolução favorável, quer no setor do jogo, quer nos outros principais setores não jogo”.

O mesmo documento apontou que, em 2018, “o valor acrescentado bruto das atividades financeiras, da indústria de convenções e exposições, das indústrias culturais, bem como da medicina tradicional chinesa atingiram 35,33 mil milhões de patacas [3,9 mil milhões de euros], mais 36,5 por cento face a 2015”.

Os dados divulgados confirmaram ainda a dependência de Macau em relação ao mercado turístico do interior da China. Em 2018, mais de 90 por cento do total de visitantes chegados a Macau eram oriundos do interior da China, de Hong Kong e de Taiwan. Mas, destes, 70,6 por cento são do interior da China.

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