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Polémica entre Joacine e Ventura: “Não vou dar para esse peditório”, diz Rio

O presidente do PSD, Rui Rio, desvalorizou hoje as declarações do deputado do Chega sobre a parlamentar do Livre, apontando não querer “dar para esse peditório”, salientando que “há coisas mais importantes”

“Agora vou desolá-los a todos, vão ficar desolados. Há uma deputada que emite uma opinião sobre uma matéria e há outro deputado que emite uma opinião sobre a opinião da deputada, e eu não tenho nada a acrescentar, não tenho nada a comentar, desculpem-me o termo, não vou dar para esse peditório”, afirmou o líder social-democrata, à margem de um encontro com o primeiro-ministro.

Na ótica de Rio, “há coisas mais importantes que o país deve debater do que isso”.

Questionado se declarações de André Ventura e Joacine Katar Moreira podem ter igual peso, o presidente do PSD respondeu que “nem equivalentes, nem sem ser equivalentes”.

“Eu não vou comentar, não me vou meter nisso. É uma terceira opção, uma é estar de um lado, outra é estar do outro, outra é nem me meter nem do lado A nem do lado B, não comento, acho que o país tem coisas mais importantes do que isso”, acrescentou.

No final da conferência de líderes, pelas 13:00, os vários grupos parlamentares anunciaram que a condenação expressa pelo presidente da Assembleia da República às “declarações xenófobas” mereceu a concordância de “todos os grupos parlamentares”.

Questionado se o PSD se revê nas afirmações do presidente do parlamento, Rui Rio disse não conhecer o seu teor.

“Isso não sei, não conheço a nota, há de ter sido há muito pouco tempo, já estava aqui na reunião”, afirmou Rio, que é também líder parlamentar do PSD, mas não esteve presente na conferência de líderes.

O presidente do PSD falava aos jornalistas na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, onde foi recebido pelas 15:00.

O socialista António Costa recebe hoje os partidos portugueses com representação no Parlamento Europeu, dois dias antes da cimeira dos países da coesão dentro da União Europeia, que se realiza no sábado, em Beja.

A conferência de líderes parlamentares associou-se hoje “por esmagadora maioria” à condenação expressa pelo presidente da Assembleia da República às “declarações xenófobas” do deputado do Chega, André Ventura, e decidiu colocar “um ponto final” num “episódio infeliz da democracia”.

Em declarações sucessivas aos jornalistas no parlamento, esta mensagem foi transmitida pelos representantes do PS, BE, PCP, PAN e PEV na conferência de líderes, salientando que a posição de Ferro Rodrigues mereceu a concordância de “todos os grupos parlamentares”.

Questionados sobre as iniciativas de voto de condenação que já tinham anunciado, quer o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, quer o vice-presidente da bancada do PS Pedro Delgado Alves consideraram “desnecessário” prosseguir o processo, que só serviria para “amplificar” as declarações de André Ventura.

Por seu lado, o deputado do Chega demarcou-se das declarações de Ferro Rodrigues e da posição da conferência de líderes e afirmou que não iria pedir desculpa pelas afirmações que fez, uma vez que não as considera ofensivas.

Esta semana, Joacine Katar Moreira apresentou uma proposta para a restituição de património existente nos museus portugueses aos países de origem das antigas colónias de Portugal e, em reação, o líder do Chega propôs que a deputada do Livre seja “devolvida ao seu país de origem”.

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, considerou hoje que as “declarações xenófobas” do deputado do Chega, André Ventura, sugerindo a deportação da deputada do Livre, Joacine Katar Moreira, “merecem a mais veemente condenação”.

“Eduardo Ferro Rodrigues, enquanto cidadão e presidente da Assembleia da República, considera lamentáveis as declarações xenófobas proferidas pelo deputado do Chega sobre a deputada Joacine Katar Moreira. São afirmações que merecem a mais veemente condenação”, escreveu o presidente do parlamento, numa nota enviada à agência lusa.

Na mesma nota, Ferro Rodrigues deixa ainda um aviso: “O ódio não pode ser arma na política”.

“E não o será na Assembleia da República, órgão de soberania que é fiel aos valores da democracia e da tolerância”, acrescenta.

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