O ex-treinador do Benfica voltou ao ataque, numa entrevista à GQ. Questionado sobre a famosa “estrutura”, Jorge Jesus elogiou o diretor desportivo e mais ninguém. “Rui Costa é o único elemento daquela estrutura toda que percebe de futebol”, disse o atual técnico do Sporting.
Começa a parecer bullying. Após o segundo triunfo sobre a antiga equipa, Jorge Jesus carregou sobre a famosa “estrutura” do futebol do Benfica.
O treinador que deixou a Luz para rumar a Alvalade foi eleito pela revista GQ como ‘homem do ano’ e a entrevista não podia passar ao lado da guerra da segunda circular. E a pergunta até parecia pacífica: no último dérbi, esteve Jorge Jesus com algum dos jogadores que treinou no Benfica?
“Não, aquilo foi entrar e sair. Com os jogadores não estive, mas estive com um ex-jogador: o Rui Costa. Estive com ele antes do jogo”, respondeu.
Logo de seguida, veio o ataque com “nota artística”, escondido pelo elogio ao diretor desportivo do Benfica: “Ele é o único elemento daquela estrutura toda que percebe de futebol, é o único elemento que tem algum conhecimento das coisas. É, na minha opinião, o elemento que dá àquelas pessoas que gravitam todas à volta da estrutura do futebol, e que não entendem nada daquilo, alguma sustentabilidade ao nível do conhecimento do jogo e do jogador”.
Segundo o treinador do Sporting, “o eventual futuro que o Benfica possa ter no futebol ou passa pelo Rui Costa, ou não passa por ninguém”.
Foram os comentários de quem passou seis épocas na Luz e, ao entrar como adversário, no último domingo, sentiu “respeito” pela instituição: “Senti que ali passei momentos felizes da minha carreira desportiva, mas, nesse momento, estava do outro lado. Normalmente, estava no banco oposto àquele… Nada disso mexeu comigo, porque sabia que estava dirigir outra equipa. Tinha de estar com a minha autoconfiança como quando estava sentado no outro banco, neste caso, do rival”.
Afinal, Jorge Jesus “não esperava que [os adeptos] me aplaudissem, não esperava que me dessem flores”, tanto mais por ser uma personalidade que adora “o confronto”, ou “aquilo que vocês transformam em arrogância”.
