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Jerónimo insiste em aumentos para a função pública mas admite negociar mais tarde

O secretário-geral do PCP considerou hoje que a posição do primeiro-ministro de remeter a questão dos aumentos salariais da função pública para 2019 é “perfeitamente lógica e aceitável”, mas insistiu que é preciso fazer essa ponderação.

“Era bom essa ponderação, porque estamos a falar de trabalhadores da administração pública, trabalhadores perfeitamente descontentes pelos seus salários e os seus direitos”, afirmou Jerónimo de Sousa, quando questionado pelos jornalistas sobre as declarações do primeiro-ministro, que esta manhã disse ser extemporâneo colocar agora a questão dos aumentos salariais da função pública e que “na altura própria” se negociará o que houver para negociar.

Recordando que a administração pública há nove anos que não tem qualquer aumento, o líder comunista considerou a afirmação do primeiro-ministro “quase singela e perfeitamente lógica e aceitável”.

“Não é o Orçamento do Estado que define o montante para o aumento dos salários, mas tem que ter essa capacitação e o que nós gostaríamos muito é que o Governo negociasse com as organizações sindicais”, sublinhou Jerónimo de Sousa, que falava aos jornalistas no final de uma visita à Unidade de Saúde Família da Quinta do Conde, no concelho de Sesimbra.

Por isso, acrescentou, se a intenção do executivo for de facto sincera e o Governo, em particular o primeiro-ministro, se empenhar no desbloqueamento de uma “situação inaceitável”, os trabalhadores da administração pública podem ter “mais do que uma esperança”.

Questionado se o ministro das Finanças, Mário Centeno, será “um problema” para o PCP na negociação do Orçamento do Estado para 2019, o secretário-geral comunista sublinhou que o interlocutor do partido não é “este ou aquele ministro, mas o Governo”.

Além disso, continuou, o PCP não quer fazer “juízos de valor precipitados” e apenas se pronunciará perante a proposta concreta do documento.

Jerónimo de Sousa foi ainda interrogado sobre a aproximação entre PS e PSD, nomeadamente em relação à descentralização e aos fundos comunitários, mas desvalorizou a questão, recordando que a convergência entre socialistas e sociais-democratas já se verificou em outros momentos.

“O PS é livre de fazer as opções que quiser e as convergências que quiser”, salientou, referindo que em relação aos acordos que os dois partidos vão assinar sobre a descentralização e os fundos comunitários eram “convergências que já estavam anunciadas”.

Lusa

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