Secretário-geral do PCP lamenta a “subserviência” de Portugal perante “interesses dos poderosos”, depois do “pacto de agressão” que o acordo com o FMI representa. Jerónimo de Sousa culpa os partidos que negociaram com a troika: PS, PSD e CDS. A CDU continua inconformada e organiza hoje uma ação de protesto, em todo o País.
Jerónimo de Sousa continua inconformado com o acordo que Portugal estabeleceu com a troika e quer “responsabilizar” os culpados por esta situação: PS, PSD e CDS. Na véspera de mais uma jornada de luta, em todo o País, o líder do PCP lançou duras críticas, com outras palavras, mas com as ideias que marcam o discurso comunista.
“Portugal está de joelhos perante os poderosos. E assim temos de perguntar quem são os responsáveis por este pacto que agressão”, disse Jerónimo de Sousa, em Montemor-o-Novo. Para o líder comunista, a ajuda negociada com a troika não é mais do que uma “subserviência do País perante o capital”.
O empréstimo de 78 mil milhões negociado com FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia, por parte de alguns partidos, “não são a solução, mas o ajoelhar de Portugal” perante “os senhores do capital”, numa persistente aposta em “ideais de direita”.
“Quem é o culpado por esta situação? Quem devemos responsabilizar? Destruíram a reforma agrária e o aparelho produtivo. Desperdiçaram fundos comunitários. Levaram o país à miséria”, refere Jerónimo de Sousa, acusando os partidos que governam e os que negociaram o empréstimo.
Este será o mote da jornada de luta que a CDU promove hoje, por todo o país. no dia da reunião do Ecofin, os comunistas pretendem denunciar aquilo que são, no seu entendimento, medidas ilegítimas.
