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Jerónimo de Sousa considera que foi “um ano perdido para o investimento público”

“O ano de 2019 acabará, ao contrário do que foi garantido, como mais um ano perdido para o investimento público. Não cumprirá sequer com a exígua meta do que foi orçamentado, porque se quis garantir as ‘contas certas’ com a União Europeia, em detrimento da solução dos problemas do país”, afirmou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP sublinhou que “o que vem acontecendo é que o PS em cada ano da sua governação, tem optado por ganhar um ano em relação às metas do défice e o país perde um ano em relação à solução dos problemas”.

O líder comunista apontou que “se arrasta a resposta às carências nas unidades de saúde, à falta de trabalhadores nas escolas” e, “se adia, por exemplo, o necessário investimento na recuperação, reflorestação e valorização da Mata Nacional de Leiria e inclusive se consome e não garante a receita de mais de 13 milhões de euros da venda da madeira ardida que devia ali ser aplicada, e a resposta a muitos outros problemas”.

Jerónimo de Sousa esclareceu ainda que o PCP “não será agora, como não foi na legislatura que findou, parte de uma alegada ‘maioria’, mas sim força de oposição a tudo o que contrarie ou faça retroceder os interesses e direitos dos trabalhadores e do povo, e força indispensável para com a sua iniciativa se avançar na conquista de novos direitos”.

“É assegurando a sua independência que o PCP decidirá e agirá, combatendo ilusões sobre a natureza das opções da atual política, bem como o conjunto de limitações e constrangimentos que limitam e impedem a resposta plena aos problemas do país”, acrescentou.

O líder comunista criticou as opções que o “governo minoritário do PS” tem demonstrado, “mantendo privilégios e condições de domínio dos grandes grupos económicos”.

Jerónimo de Sousa considerou que o programa socialista “dá prioridade ao défice e à dívida em prejuízo da capacitação da Administração Pública e dos seus serviços” e não apresenta “medidas ajustadas ao combate às desigualdades, mas sim a manutenção de um quadro degradado de direitos laborais”.

O líder do PCP afirmou ainda que o governo “insinua que é preciso fazer cortes, porque não há dinheiro para tudo”, mas “há sempre dinheiro para dar cobertura aos desmandos da banca”.

“Está aí mais uma fatura de 1.150 milhões de euros para o Novo Banco. Com este novo rombo são, agora, mais de 7.000 milhões de euros, os custos para o país com a resolução do BES e a venda do Novo Banco”, estimou.

Jerónimo de Sousa avançou ainda que o PCP “estragou a festa” ao PS: “Há quatro anos pensavam que iam ter mais quatro anos para dar cabo do resto”.

“Diziam que estávamos a morrer e que aqui d’el rei que este partido comunista estragou-nos a festa”, notou.

Lusa

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