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Jerónimo de Sousa acusa Merkel de ignorar baixos salários em Portugal

Líder do PCP acusa a chanceler alemã de interferir na soberania portuguesa, ao querer impor regras laborais semelhantes nos países da União Europeia. Angela Merkel “esquece-se das diferenças de salários entre Portugal e Alemanha”, sublinha Jerónimo de Sousa, em reação à proposta de unificação das regras laborais.

Um dia depois de Angela Merkel ter apresentado uma proposta de unificação de regras laborais, com períodos de férias e idades de reforma semelhantes em todos os países da União Europeia, Jerónimo de Sousa reage.

A chanceler alemã defendeu igualdade de obrigações – acusando Portugal, Espanha e Grécia de serem excessivamente generosos – e defendeu uma redução de dias de férias e aumento da idade da reforma.

O secretário-geral do PCP foi lesto a reagir e acusou Merkel de “esquecer, na sua proposta, a diferença salarial que se verifica entre trabalhadores portugueses e alemães”. Jerónimo de Sousa foi mais longe e lamentou a ingerência nas políticas nacionais.

“Quem manda em Portugal não é a senhora Merkel. Quem manda em Portugal é o povo, soberano na construção do seu devir coletivo”, disse Jerónimo de Sousa, numa conferência de imprensa que decorreu na sede do PCP, em Lisboa.

Neste encontro com os jornalistas, o secretário-geral comunista apresentou o ‘Compromisso Eleitoral’. O PCP defende um projeto ‘Robin dos Bosques’, para retirar aos ricos e ajudar os mais desfavorecidos.

Entre as medidas, destacam-se o fim das parcerias público-privadas, a tributação aos bancos, o aumento de salários e pensões, reposição dos abonos familiares e eliminação dos recibos verdes, regime convertido em contrato de trabalho.

A renegociação da dívida externa também faz parte do projeto dos comunistas, que, recorde-se, não aceitaram negociar com a troika o plano de resgate financeiro a Portugal.

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