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Jazida arqueológica paleolítica em Vila do Bispo abre ao público no sábado

A jazida arqueológica paleolítica de Vale Boi, em Vila do Bispo, vai poder ser visitada no sábado, permitindo a todos os interessados conhecer os trabalhos de escavação e ver artefactos com milhares de anos, anunciou a Universidade do Algarve.

O dia aberto da jazida arqueológica de Vale Boi é organizado pelo município de Vila do Bispo e pelo Centro Interdisciplinar de Arqueologia e Evolução do Comportamento Humano (ICArEHB) da Universidade do Algarve, que vão abrir ao público o sítio arqueológico localizado perto da Estrada Nacional 125, entre Lagos e Vila do Bispo, entre as 10:00 e as 16:00.

Os visitantes vão ter a “oportunidade de ver em detalhe o trabalho de escavação arqueológica, observar e manusear os artefactos exumados com mais de 30 mil anos e colocar, na primeira pessoa, todas as perguntas aos arqueólogos e alunos que se encontram a trabalhar em Vale Boi”, salientou a universidade num comunicado.

O sítio arqueológico foi encontrado em 1998 durante “trabalhos de prospeção nos vales fluviais da Costa Vicentina, a leste da ribeira de Vale Boi (concelho de Vila do Bispo), em frente da pequena localidade com o mesmo nome”, explicou a Universidade do Algarve (UAlg).

“A jazida paleolítica localiza-se a cerca de dois quilómetros da atual linha de costa. Os vestígios arqueológicos apresentam uma dispersão superior a 10 mil metros quadrados, ocupando toda a vertente, que é limitada a este por um afloramento calcário com 10 metros de altura e a oeste pelo aluvião da ribeira”, precisou a mesma fonte.

Apesar de ter sido encontrada em 1998, os trabalhos arqueológicos só começaram dois anos depois e têm incidido em três áreas distintas da jazida, que “revelaram uma longa sequência cronológica, iniciada há mais de 30 mil anos com os mais antigos elementos da nossa espécie em Portugal”, destacou a UAlg.

Entre os objetos encontrados nas escavações estão, segundo a universidade, “inúmeros artefactos de caça e de atividades diárias”, mas também milhares de ossos de animais caçados, incluindo veado, auroque, cavalo, javali e coelho, que terão servido para a alimentação desses caçadores e recoletores.

Foram também encontrados vestígios que provam a presença de leão, lobo, raposa e lince, animais que terão sido “provavelmente caçados devido às suas peles”.

“O marisqueiro fazia também parte da vida diária dessas primeiras comunidades humanas no Algarve”, referiu ainda a UAlg, apontando também a existência “de elementos de arte móvel, característica do período paleolítico na península Ibérica” no local.

Lusa

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Lusa

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