Alberto João Jardim disparou para o Governo da República, no discurso da maioria absoluta. “O meu partido é a Madeira. Não contem comigo para fidelidades partidocráticas”, disse. O Presidente do Governo Regional prometeu que não haverá “quaisquer cedências”, nem “concertações para a fotografia do politicamente correto”, até pelas “facas espetadas nas costas” dos madeirenses.
Com maioria absoluta, mas no com o menor número de votos, o PSD-Madeira assegura a 45.ª vitória. Alberto João Jardim, num discurso pouco triunfal e cometido, garantiu que não fará cedências nas negociações com o Governo da República, “até pelas facas que foram metidas nas costas do povo madeirense”.
Jardim foi duro com o seu partido: “O meu partido é a Madeira. Não contem comigo para fidelidades partidocráticas. Não haverá cedências no campo dos valores e dos princípios, nem com concertações para a fotografia do politicamente correto”.
O líder do PSD-Madeira defendeu “mudanças do sistema político”, que considera ser “inadequado para a gravíssima situação que os portugueses sofrem”. Prometeu lutar contra “o liberalismo capitalista, selvagem e inaceitável”.
Nas negociações que manterá com o executivo de Passos Coelho, Jardim parte com um princípio: “Só aceitaremos a lógica dos sacrifícios e benefícios iguais para todos os portugueses e nunca medidas discricionárias para os madeirenses”.
Alberto João Jardim não vê qualquer derrota eleitoral – num olhar pela perda de votos comparativamente com as últimas eleições – e realça que o PSD-Madeira “atingiu o objetivo da maioria absoluta no Parlamento, pelo que governará sem qualquer coligação”.
Os eleitores que determinaram este triunfo dos sociais-democratas mereceram uma palavra. “Agradeço ao povo da Madeira que nos confia o governo da região nos próximos anos, que serão difíceis, em virtude do descalabro a que os interesses de Lisboa conduziram o nosso país”, disse Jardim.