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Jardim diz que buraco nas contas da Madeira “é ataque cirúrgico” à região

alberto_joao_jardim2Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional da Madeira, nega o buraco nas contas, alegando que a dívida da Madeira é uma forma de desviar a atenção do facto de a Madeira estar a crescer mais do que o Continente. Os preços dos voos da TAP e a “destruição” da Zona Franca são parte da mesma estratégia. Jardim diz-se ainda farto “deste regime político”.

A dívida da Madeira é um “ataque cirúrgico” que Alberto João Jardim estranha, mas para o qual tem uma justificação. Segundo o presidente do Governo Regional, “não existe qualquer buraco” e este assunto serve para desviar a atenção dos portugueses do essencial: “Qual a razão pela qual o país entrou na bancarrota”.

Estão a repetir a conversa das eleições regionais e a insistir na mesma coisa, com o objetivo de entreter o povo. “E assim não se vai saber por que razão o país entrou na bancarrota”, afirmou Jardim, considerando que “esse assunto é que é realmente grave”.

Alberto João Jardim acusa ainda a TAP de prejudicar o turismo da Madeira, ao praticar preços mais reduzidos para outras regiões do mundo, que implicam a mesma distância. Por outro lado, o líder do Governo Regional lamenta que se esteja a “desmantelar a única Zona Franca do País”, que é a Madeira, para se “beneficiar outras Zonas Francas”.

Estas questões, associadas à alegada dívida da Região Autónoma da Madeira, representam, segundo Jardim, “um ataque à Madeira”, feito de forma “cirúrgica”. O presidente da região diz-se ainda “farto do regime político português”.

Jardim justifica o ataque (através da divulgação de notícias sobre um “falso buraco”) com o facto de a Madeira “estar a crescer mais do que o Continente”, e que essa realidade económica “provocou um temor” que levou a que se tente “cortar as pernas à região”.

O presidente do Governo Regional reagia a notícias que dão conta de uma nova dívida oculta na Madeira, entre outras alegadas ilegalidades que o DCIAP apurou, na investigação que está a realizar. Aos 1,6 mil milhões de euros de dívida oculta, juntar-se-ão mais dois mil milhões, de um buraco que pode ascender a 8000 milhões.

O DCIAP está a levar a cabo uma análise detalhada, no âmbito do processo ‘Cuba Livre’, que há vários meses investiga os negócios realizados pelo Governo Regional da Madeira com empresas, sobretudo do setor da construção civil, para avaliar eventuais ilícitos do executivo de Alberto João Jardim.

Os documentos que foram apreendidos nas buscas de anteontem, na antiga Secretaria do Equipamento Social, estão a ser cruzados com outras informações recolhidas nas empresas, nesta investigação que tenta apurar a dimensão do buraco da Madeira e eventuais negócios ilícitos.

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