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Jardim de infância em São Tomé financiado por grupo português já recebe crianças

As aulas no jardim de infância na capital de São Tomé e Príncipe, reabilitado pelo grupo hoteleiro português Pestana, iniciaram hoje, com 30 das 350 crianças inicialmente previstas, disse à Lusa a diretora da instituição, Maria da Luz Andrade.

“Estamos a acolher crianças deste bairro [Santo António] e outras crianças transferidas de outros jardins onde existe sobrelotação. Não matriculámos nenhuma criança”, explicou a responsável.

Em finais de agosto, o grupo Pestana, no âmbito de um protocolo assinado com o Ministério da Educação e Ensino Superior e do Trabalho, Solidariedade, Família e Formação Profissional, comprometeu-se a investir cerca de 100 mil euros nas obras de transformação de algumas residências pré-fabricadas deixadas pela cooperação francesa, em jardins de infância.

“Nós iniciamos as aulas neste espaço já reabilitado com quatro salas, e outros compartimentos e estamos a funcionar com três educadoras e seis auxiliares. As aulas são em regime de continuidade aos conteúdos porque já vamos praticamente no meio do ensino e estamos a recomendar às escolas que estão a transferir os alunos para enviarem também os seus manuais”, referiu a diretora.

Contrariamente a outros jardins de infância, as aulas em Santo António vão funcionar nos dois períodos do dia e as refeições são fornecidas pelo hotel Pestana – o grupo tem dois espaços hoteleiros na capital, São Tomé, e um terceiro hotel, no ilhéu das Rolas.

De acordo com a fonte, a segunda fase das obras estará concluída em fevereiro, altura em que se prevê que haja mais espaços para receber um maior número de crianças.

As obras deste jardim de infância financiadas pelo Grupo Pestana foram lançadas a 02 de agosto e a inauguração da primeira fase decorreu na quarta-feira, com a presença do primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus.

O administrador do Grupo Pestana São Tomé, Luís Castanheira, reconheceu que a “conjugação de esforços e vontades” foram essenciais para a conclusão do projeto.

“Hoje estamos num ponto de chegada de um processo que começou com ideia e terminou com a inauguração que realizamos. Trata-se de uma ideia boa e nova, portadora de futuro, tenho a certeza que vai germinar e produzir frutos”, disse Luís Castanheira.

O primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, reconheceu que durante estes anos de independência, o país não fez grandes progressos em matéria de educação.

“Possivelmente em 44 anos não fizemos muito, por isso a pobreza ainda grassa, mas numa coisa temos que estar de acordo: toda a gente investiu na educação”, disse o chefe do executivo, que foi ministro da Educação em executivos anteriores.

Jorge Bom Jesus prometeu, entretanto, que o seu Governo “vai fazer tudo” para que “a educação e os fazedores da educação conheçam melhores dias”.

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