Jaguar C-X75, o superdesportivo que ficou na ‘garagem’ por culpa da austeridade (fotos)

A Jaguar vai abandonar o C-X75, cujo protótipo estava a ser desenvolvido. O superdesportivo híbrido da marca britânica, com um preço estimado de 1,3 milhões de euros e com 898 cavalos, é agora um projeto abandonado, em virtude da… “austeridade”. O cenário mundial levou Adrian Hallmark, diretor da Jaguar, a anunciar a suspensão do projeto.

O cenário macroeconómico mundial levou a Jaguar a suspender o seu projeto para o seu superdesportivo híbrido, o Jaguar C-X75, dotado de 898 cavalos, com 800 Nm de binário máximo, carro capaz de chegar dos zero aos 100 quilómetros por hora em apenas 2,8 segundos…

Todos estes argumentos seriam atrativos para qualquer apaixonado por um superdesportivo, ou por um Jaguar, em particular. No entanto, outro dado faz recuar qualquer interessado, mesmo que se trate de um milionário árabe: o preço.

Segundo Adrian Hallmark, diretor da Jaguar, “ninguém estará interessado em pagar 1,3 milhões de euros por um híbrido, nesta altura”. E quando diz “nesta altura” Hallmark está a referir-se ao quadro económico mundial, “de austeridade”.

Na fábrica de Coventry da Jaguar estão a ser desenvolvidos cinco protótipos do superdesportivo híbrido C-X75, que a Jaguar esperava que tivessem já suscitado interesse de um milionário ‘de cabeça perdida’. Mas esse cenário não se verificou e a solução encontrada pela marca foi leiloar os três dos cinco Jaguar, o que deverá ocorrer no próximo mês de maio.

É certo que este superdesportivo não vai chegar ao mercado. “Ao olhar para esta austeridade, percebe-se que ninguém quererá pagar 1,3 milhões por um caro com estas características. Os nossos clientes querem outros produtos”, salienta Adrian Hallmark.

Os protótipos do C-X75 estão em fase de testes. Resta saber que reação suscitará esta suspensão do projeto, nos milionários que não temem a austeridade. Será que esta edição limitadíssima de um Jaguar vai fazer subir o seu preço? É provável que o leilão permita à Jaguar vender as três unidades por valores superiores a 1,3 milhões. Mas o projeto acaba por ser um fracasso já assumido.