No Facebook, o rapper Mykki Blanco foi alvo de comentários hostis, depois da sua passagem Portugal e do episódio no Aeroporto de Lisboa. Em reação, Mykki, artista que encarna uma mulher em palco, decidiu fechar o acesso dos portugueses ao seu espaço no Facebook. “Já bani Portugal”, escreveu.
Mykki Blanco foi alvo de comentários racistas e homofóbicos, ainda na sequência do episódio que ocorreu no Aeroporto de Lisboa, quando o rapper norte-americano tentou obter ajuda de um polícia, caso que lhe deu um mediatismo inesperado.
O perfil do Facebook de Mykki foi invadido por comentários hostis e homofóbicos, o que levou o artista a vedar o acesso aos portugueses.
“Bani Portugal de aceder à minha página de Facebook”, escreveu o artista, já depois dos comentários gerados pela detenção no Aeroporto de Lisboa.
O rapper norte-americano, recorde-se, tinha sido detido pela PSP, no Aeroporto de Lisboa, devido a alegado um mal-entendido, que levou a que o rapper insultasse um agente, quando tentava apanhar um táxi.
“Estou a ser preso em Portugal por ser gay. Não me interessa se Portugal é um país que permite o casamento homossexual, um polícia homofóbico é um polícia homofóbico. Mostraram-se duros e indelicados comigo, mas muito preocupados em ajudar os turistas brancos”, acusou Mykki Blanco, conhecido por atuar como mulher.
Este episódio ocorreu na segunda-feira, mas teve desenvolvimentos nas redes sociais.
Segundo o norte-americano, o incidente começou depois de um polícia ter recusado prestar-lhe uma informação. “Perguntei: ‘desculpe, porque é que não me quer ajudar’ e ele diz-me ‘vai-te embora’, eu digo ‘é o seu trabalho ajudar as pessoas, no entanto recusa-se a ajudar-me’. Ele diz-me ‘vai-te embora, bicha’”.
A PSP confirmou a detenção, mas segundo o Comando Metropolitano de Lisboa, Mykki Blanco foi detido por perturbar a ordem pública ao tentar furar a fila (que também se diz ‘bicha’) para os táxis.
Ainda segundo a nota da PSP, citada pela revista Lado A, o rapper foi presente ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC), que lhe aplicou uma multa.
Em momento algum a PSP assume que houve tratamento homofóbico. Certo é que o caso ganhou um mediatismo exacerbado e teve repercussões reprováveis.