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Israel ordena encerramento de edifício muçulmano em Jerusalém

Um tribunal israelita ordenou hoje o encerramento de um edifício na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, centro das tensões entre as autoridades israelitas e a Waqf, uma organização muçulmana que administra o local, o terceiro lugar sagrado do Islão.

O edifício está localizado na Porta Dourada, uma das entradas para a Esplanada.

Desde 2003, a justiça israelita renova regularmente a ordem para fechar este lugar, mas, nas últimas semanas, fiéis muçulmanos têm entrado para orar, desafiando esta ordem.

Ao anunciar sua decisão, o tribunal deu à Waqf 60 dias para responder à nova ordem de encerramento, de acordo com um comunicado hoje divulgado.

A Esplanada da Mesquita está localizada na Cidade Velha, em Jerusalém Oriental, uma parte da cidade ocupada e anexada por Israel.

É gerida pela Waqf, uma organização que administra a propriedade muçulmana e que, por razões históricas, depende da Jordânia.

As forças israelitas controlam todos os acessos à zona, onde entram em caso de distúrbios.

O local é também o lugar mais sagrado do judaísmo, que o reverencia sob o nome de Monte do Templo.

Os judeus podem visitá-lo, às vezes sob alta tensão, mas não podem orar lá.

Desde meados de fevereiro, autoridades do Waqf têm exigindo o acesso ao edifício para o renovar, enquanto fiéis muçulmanos aproveitam para entrar através dele para orar, desafiando a ordem israelita.

Autoridades palestinianas indicaram que a intimação de encerramento, ordenada durante a segunda Intifada, era dirigida a uma organização que já não existe.

Entretanto, na Cisjordânia ocupada, um israelita foi hoje morto e dois outros ficaram feridos em supostos ataques com facas e armas por um assaltante palestiniano, anunciaram militares israelitas.

“Um israelita foi morto por um terrorista que parece ser palestiniano”, disse o porta-voz do Exército, o coronel Jonathan Conricus, sobre o ataque perto da junção do colonato israelita de Ariel, a sudeste de Nablus.

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