Nas Notícias

Israel constrói nova barreira ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje que foi iniciada a construção de uma cerca de seis metros de altura e 65 quilómetros entre Israel e a Faixa de Gaza.

“Durante o fim de semana começámos a construir uma barreira […] ao longo da fronteira com Gaza”, disse o chefe do Governo aos jornalistas antes do Conselho de Ministros.

“A barreira impedirá os terroristas de Gaza de entrarem no nosso território”, justificou.

Segundo um comunicado do Ministério da Defesa, os trabalhos começaram na quinta-feira e a estrutura, que é semelhante a uma cerca alta de ferro coberta de arame farpado, deve seguir o traçado de uma nova barreira subterrânea para impedir a construção de túneis sob a fronteira.

A barreira ficará ligada a um muro fortificado no mar para evitar intrusões a partir de Gaza através do Mediterrâneo.

Segundo o diário Jerusalem Post, a cerca substituirá a atual vala fronteiriça com o enclave da Faixa de Gaza, que está sob bloqueio israelita desde que o movimento radical palestiniano Hamas tomou o seu controlo em 2007.

Israel e o Hamas já se envolveram em três guerras desde 2008.

“Se a calma não for mantida em Gaza vamos tomar decisões, mesmo em período de eleições, e não hesitaremos em agir”, advertiu hoje o primeiro-ministro.

Os analistas consideram pouco provável que Netanyahu, que é também ministro da Defesa, se envolva numa nova guerra antes das eleições marcadas para 09 de abril.

Desde março de 2018 que os palestinianos de Gaza se manifestam junto à barreira de segurança que os separa de Israel em protesto contra o bloqueio e pelo regresso às terras que deixaram ou de onde foram expulsos aquando da criação de Israel, em 1948.

Pelo menos 246 palestinianos foram mortos por tiros israelitas em quase um ano de protestos, a grande maioria ao longo da fronteira, fortemente vigiada pelo exército israelita. Dois soldados israelitas foram mortos durante o mesmo período.

Israel acusa o Hamas de instrumentalizar os protestos e assegura que apenas defende o seu território.

Em destaque

Subir