Em junho, o Irão recebeu a Itália, numa partida de voleibol masculino. Ghoncheh Ghavami, de 25 anos, foi uma das mulheres que tentou ver o jogo, mas devido a essa ‘heresia’ vai ver o ‘sol aos quadradinhos’ durante um ano.
A mulher, que terá sido espancada antes de ficar detida, foi agora condenada a um ano de prisão pelo crime de “propaganda contra o regime”, de acordo com a informação prestada pelo advogado.
“Hoje, o presidente do tribunal mostrou-me a sentença, na qual a minha cliente é condenada a um ano de prisão”, revelou Mahmoud Alizadeh Tabataí, citado pela agência ILNA.
O tribunal entendeu que a jovem, que além de iraniana tem a nacionalidade britânica, integrava o grupo de ativistas que defendia os direitos das mulheres, aproveitando a partida do Irão (uma seleção de topo no voleibol masculino) com a Itália.
No Irão, as leis de segregação proíbem as mulheres de presenciarem partidas desportivas com homens. Na altura do jogo entre iranianos e italianos, no Estádio Azadi, em Teerão, várias mulheres exigiam o fim dessa discriminação.
Várias manifestantes foram detidas, acabando por serem libertadas sob fiança nas horas seguintes. Ghoncheh Ghavami foi detida dez dias após os incidentes, quando foi à esquadra recuperar os objetos pessoais.
Desde que está detida que terá passado vários dias numa cela de isolamento, havendo também rumores – negados pelas autoridades – de uma greve de fome, a qual terá durado 14 dias.
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