Grupo de três investigadores desenvolveu seringa que faz o mesmo efeito das tradicionais, mas através de um laser, ao invés da habitual agulha. Projeto já se tornou empresa e o pedido de patente internacional já foi feito.
Três investigadores do Departamento de Química da Universidade de Coimbra apresentaram esta segunda-feira uma seringa revolucionária que promete acabar com o pesadelo das picadas dolorosas.
Chama-se Laserleap e é nada mais nada menos que uma seringa a laser. A mesma cria um género de pressão na pele, tornando-a permeável. Posteriormente, o fármaco pode então ser administrador, por gel ou creme.
Segundo Carlos Serpa, a Laserleap faz com que o efeito surja mais rapidamente, nomeadamente nos casos de analgésicos tópicos. A mesma foi já testada em cerca de 30 estudantes do Departamento de Química, tendo grande parte confirmado a inexistência de dor ou vermelhão na pele. Dessa forma, a Laserleap é considerada segura.
Sustentada neste projeto, surgiu já a empresa Laserleap Tecnologies, atualmente parte integrante da incubadora do Instituto Pedro Nunes.
De referir ainda que esta nova seringa venceu o prémio RedEmprendia, em 2010, no valor de 200 mil euros. Em abril de 2011, foi também efetuado o pedido de patente internacional. Já este ano, a Laserleap conquistou ainda o Photonics West 2012, um dos mais conceituados eventos científicos do mundo.
O projeto é comandado por Carlos Serpa, Luís Arnaut e Gonçalo Sá, todos investigadores do Departamento de Química da Universidade de Coimbra.