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Investidores aproveitam vistos gold e acabam por fazer outras apostas

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou hoje que há investidores que entraram em Portugal através da compra de imobiliário, no âmbito dos vistos ‘gold’, e que depois “começaram a olhar para outro tipo de investimentos”.

Manuel Caldeira Cabral falava na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, no âmbito de uma audição regimental que durou mais de três horas.

Relativamente aos vistos ‘gold’, programa de captação de investimento que concede visto de residência a investidores fora do espaço europeu, o ministro da Economia destacou como “interessante” o facto de “muitos dos investidores que vieram fazer investimento imobiliário com acesso ao visto de residência, depois de se instalarem em Portugal, começaram a olhar para outro tipo de investimentos, outro tipo de oportunidades”.

Ou seja, começaram a pensar em “trabalhar para o mercado europeu a partir do mercado nacional” e “começaram a restabelecer os seus investimentos aqui”, em Portugal, afirmou o governante, salientando que esta tendência “não é uma questão apenas dos vistos ‘gold’”.

Manuel Caldeira Cabral disse ainda que nos três anos anteriores a este governo – entre 2013 e 2015 – “houve um aumento de cerca de 900 vistos ‘gold’ por ano”.

Já o atual governo regista “um aumento de cerca de 1.400” desde que assumiu funções, prosseguiu.

“Estamos, de facto, com números claramente superiores aos registados anteriormente”, disse, embora assumindo que quando o novo executivo assumiu funções o regime de Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI), em vigor desde o dia 08 de outubro de 2012, “estava bastante paralisado”, nomeadamente devido a processos judiciais em curso.

O ministro recordou que “havia nos serviços uma certa resistência em pegar os processos”, que se estavam a acumular, e que o Ministério da Economia, tal como os Negócios Estrangeiros e a Administração Interna avançaram para acelerar o processo.

Os vistos ‘gold’ são uma área onde vai “continuar a haver desafios”, considerou.

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