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Inverno é “oportunidade excelente para o vírus se transmitir”, avisa Manuel Carmo Gomes

O epidemiologista Manuel Carmo Gomes concordou com os apelos feitos por Marcelo Rebelo de Sousa e Graça Freitas para uma maior cautela nos contactos com familiares.

Depois de 67 por cento dos novos casos terem sido associados aos contactos dentro dos agregados familiares, o professor de Epidemiologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa lembrou, em entrevista à Renascença, que o Inverno será propício à transmissão do vírus.

“As pessoas retomaram a sua atividade quase normal e estão a passar mais tempo dentro de recintos fechados não arejados. E isto inclui quer o nosso agregado familiar quer pessoas da nossa família, mas com as quais nós não coabitamos. Este tipo de contactos vai aumentar e são oportunidades excelentes para o vírus se transmitir”, sustentou.

O especialista defendeu que é preciso “evitar contactos entre avós e netos” quando não partilham a mesma habitação.

“Nós temos que proteger as pessoas de risco, nomeadamente os idosos com mais de 60 anos. Se os netos, habitualmente, não coabitam com os avós, nós devemos fazer um esforço para evitar contactos entre eles, nomeadamente nestas festas, encontros de fim de semana, aniversários, etc”, insistiu Manuel Carmo Gomes.

“O vírus está a andar à nossa frente, basta olhar para os números. Há uma onda de transmissão que vai à nossa frente e nós não estamos a conseguir apanhá-la. Há locais do país onde está a correr melhor, noutros pior. É preciso reforçar as equipas de saúde pública, para que o processo de identificação e rastreio se faça com a eficiência necessário para nós apanharmos o vírus”, concluiu o epidemiologista.

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