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“Interesse óbvio” de integrar o SEF na PSP visa “dar cobertura a interesses políticos”

Telmo Correia, deputado do CDS, considerou que a propalada integração do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) na Polícia de Segurança Pública (PSP) vai servir para “dar cobertura a interesses políticos”.

Num comentário durante o Fórum TSF, o deputado centrista não identificou quem está por detrás desses “interesses”.

“Há interesse óbvio de integrar o SEF na PSP, de fazer uma reestruturação e de aproveitar este crime para dar cobertura a interesses políticos que nós sabemos que são antigos”, acusou Telmo Correia.

O deputado do CDS frisou também que as várias vozes a dar conta de alegadas reformulações nas forças policiais passam a ideia de falta de autoridade da tutela.

“Quem anuncia a reformulação das polícias é o diretor [da PSP]. O ministro vem desmentir o diretor. O primeiro anúncio de uma reformulação foi do Presidente da República. A partir da declaração do diretor nacional, fica uma ideia muito clara: quem é que governa? Ou ainda está alguém a governar? Porque a ideia que dá é de que já ninguém está a governar”, sustentou.

Sobre a reestruturação do SEF anunciada pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, Telmo Correia disse ser “um desastre absoluto”, uma vez que é anunciada como consequência da morte de um cidadão ucraniano em instalações do SEF, há nove meses. “Por muito hediondo que este crime tenha sido, não é a pretexto de um crime que se resolve fazer a grande reformulação das polícias em Portugal. Se houver um crime e criminosos (e este é particularmente repugnante porque é um crime de sangue, mas podia ter sido um crime de corrupção), é a propósito de um crime que se extingue as instituições? É essa a solução e a resposta?”, concluiu o deputado centrista.

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