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Insulina mal usada aumenta os custos associados à diabetes

insulinaA insulina pode gerar uma poupança assinalável caso seja bem aplicada. Esta projeção, da autoria do Observatório Nacional da Diabetes, vai ser um dos temas em destaque no 10º Congresso Português de Diabetes, que começa amanhã em Vilamoura.

Durante quatro dias (entre amanhã e domingo), uma unidade hoteleira de Vilamoura vai acolher o 10.º Congresso Português de Diabetes. Esta doença tem registado um crescimento e, em 2010, terá custado a Portugal mais de 1850 milhões de euros. Segundo as estimativas do Observatório Nacional da Diabetes (OND), com base no custo médio das pessoas com diabetes indicado pela Federação Internacional da Diabetes, este valor correspondeu a 11 por cento das despesas do setor da Saúde, representando um por cento do PIB nacional.

Custos esses que podem ser reduzidos se a insulina for bem usada. A importância deste tratamento, que em 2010 terá custado entre 1150 a 1350 milhões de euros (uma subida na ordem dos 100 milhões relativamente a 2009), será um dos temas mais aguardados do congresso. Segundo o relatório do OND, os antidiabéticos orais ainda são os mais utilizados, tendo a taxa de crescimento médio anual das vendas sido de 18 por cento em 2010, contra os 11 por cento das insulinas. Na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, quase metade dos doentes – 48 por cento – são tratados com antidiabéticos orais e apenas 25 por cento são tratados com insulina, enquanto 15 por cento dos doentes recebem ambos os tratamentos.

O relatório acrescenta que o custo médio das embalagens de medicamentos para a diabetes duplicou numa década, subindo de 9,7 milhões de euros em 2000 para 22,3 milhões de euros em 2010, o que representou um custo total direto dos medicamentos dispensados em ambulatório de 208,2 milhões de euros.

Já a Federação Internacional da Diabetes refere que, de acordo com as mais recentes normas científicas, o uso da insulina deve ser iniciado mais cedo do que se fazia na terapêutica convencional. Uma aplicação precoce possibilita um melhor controlo metabólico e, em consequência, diminui a probabilidade de surgirem complicações tardias.

A insulina é aplicada por injeção subcutânea em local apropriado: coxas, abdómen, nádegas e braços. Desta forma, o corpo adquire uma hormona hipoglicemiante que o pâncreas não consegue segregar, no caso das pessoas com diabetes. É uma doença crónica que afeta atualmente 991 mil pessoas em Portugal, aumentando os níveis de açúcar (glicose) no sangue e tornando o organismo incapaz de processar a glicose dos alimentos.

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