O Instituto Camões vai ajudar o Arquivo Nacional de Cabo Verde a digitalizar e resgatar oito mil documentos históricos existentes em Portugal, para estarem acessíveis aos cabo-verdianos, conforme protocolo hoje assinado, na cidade da Praia.
O protocolo foi assinado visando a operacionalização do projeto “Resgate”, desenvolvido por Cabo Verde para recuperar, por via digital, registos históricos existentes no Arquivo Histórico Ultramarino e no Arquivo Nacional Torre Tombo, em Portugal.
O presidente do Instituto Camões, Luís Faro Ramos, disse que o programa visa “recuperar sinais vitais do passado para iluminar o futuro”.
O Instituto Camões vai financiar 80 por cento do projeto, que tem por objetivo digitalizar um grande acervo sobre a vida de Cabo Verde no período colonial, antes da independência do país, em 1975, designadamente entre os séculos XVI e XIX.
Depois disso, os documentos serão disponibilizados ao Arquivo Nacional de Cabo Verde, que os colocará aos dispor de estudantes, investigadores e pesquisadores do país africano, “para que conheçam um pouco a sua história e a história comum”.
Para o presidente do Instituto Camões, o projeto “Resgate” é muito interessante, porque coloca a cultura no centro das prioridades da cooperação entre Portugal e Cabo Verde e é um setor prioritário no Programa Estratégico de Cooperação (PEC).
“Acho que é um projeto de muita relevância. O Camões financia 80 por cento do projeto, que é para se estender para três anos”, adiantou o embaixador Luís Faro Ramos, que falava na Escola de Negócios e Governação (ENG), da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), que está a comemorar 20 anos do Centro de Língua Portuguesa, na cidade da Praia.
Luís Faro Ramos, presidente do Instituto Camões há dois anos, sublinhou a importância e o trabalho feito em duas décadas por este que é um dos quase 80 centros em todo o mundo, que se dedica sobretudo à formação de professores de português.
Entretanto, a escrita e a fala da língua portuguesa em Cabo Verde, onde é língua oficial, são muitas vezes criticadas, mas Luís Faro Ramos considerou que o ensino da língua portuguesa não deve ser feito de maneira uniforme em todos os países lusófonos.
“Há países onde o português é ensinado como língua materna, há outros onde é ensinado como língua segunda, tentamos adaptar aquilo que é a necessidade e procura do país parceiro. No caso de Cabo Verde, penso que temos contribuído de uma maneira positiva para formar professores e para que a qualidade do ensino da língua portuguesa se venha a consolidar”, afirmou.
Para os próximos anos, Luís Faro Ramos garantiu que o Instituo Camões vai continuar a fazer o mesmo trabalho em Cabo Verde, tanto na cooperação para o desenvolvimento como na cultura e na língua.
Além destas duas atividades, o presidente do Instituto Camões realizou hoje visitas ao novo ‘campus’ da Uni-CV, ao projeto de informatização do registo criminal, às instalações do Arquivo Nacional de Identificação Civil e Criminal do Ministério da Justiça e à capela gótica da Igreja Nossa Senhora do Rosário, na Cidade Velha.
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