Economia

Insolvências aumentam 52 por cento em junho face ao período homólogo de 2019

Aumento de 52 por cento nas insolvências em junho face a 2019. No total do semestre, o crescimento homólogo foi de 7,5 por cento. As constituições caíram 18,4 pontos percentuais em junho e 34,4 no semestre.

Em junho, registaram-se 559 insolvências, mais 191 que no período homólogo de 2019, mas menos 41 que em maio. No total do semestre, o incremento face ao mesmo período do ano passado é de 7,5 por cento, com 2749 insolvências. Este valor apresenta-se inferior aos totais registados no primeiro semestre de 2017 (3391) e de 2018 (3067).

Lisboa e o Porto são os distritos que apresentam o valor de insolvências mais elevado, com 568 e 687 casos, respetivamente. Face a 2019, verifica-se um aumento de 8,8 por cento em Lisboa e de 7,7 no Porto.

A maioria dos distritos continua a revelar um aumento de insolvências (59,1 por cento). Entre os distritos com maiores aumentos percentuais encontram-se: Angra do Heroísmo (142,9 por cento), Castelo Branco (69,2), Beja (50), Faro (44,7), Viana do Castelo (30,6) e Ponta Delgada (23,5). Entre os distritos com redução nas insolvências (36,4) destaque para Guarda, com uma redução de 37,5 por cento face a igual período do ano passado, Horta (-25) e Coimbra (-23,1 por cento). Évora mantém valor idêntico a 2019 (22 insolvências).

Apenas dois setores de atividade não viram crescer o número de empresas insolventes no primeiro semestre de 2020: Indústria Extrativa, com um decréscimo de 42,9 por cento face a 2019, e Construção e Obras Públicas (-7,6 por cento). Dos restantes setores, os maiores aumentos foram registados nas Telecomunicações (33,3), Hotelaria e Restauração (18,3 por cento) e Outros Serviços (16,6). Os setores de Eletricidade, Gás e Água registaram variação nula (cinco insolvências).

Constituições diminuem 18,4 por cento em junho

Ainda que quando comparado com o ano anterior, o número de constituições seja consideravelmente menor, o nascimento de novas empresas já se começa a revelar, após uma quebra notória durante os meses de confinamento. Em junho foram criadas 2.641 novas empresas, menos 597 que no período homólogo de 2019 (-18,4 por cento). Contudo, este valor traduz um aumento de 21,4 por cento face a maio.

No acumulado, o primeiro semestre de 2020 fecha com um total de 18.076 constituições, menos 9471 que em 2019 (-34,3). Em termos históricos, o acumulado do ano 2020 é muito inferior ao dos anos anteriores: 24 648 em 2018 e 27.547 em 2019.

O número de constituições mais significativo verifica-se em Lisboa, com 4724 empresas (-36 por cento), e no Porto, com 3341 empresas (-33,4 por cento face a 2019). Todos os distritos apresentam decréscimos com as variações mais significativas a ocorrerem nos distritos de Aveiro (-51,5 por cento), Guarda (-40,5) e na Madeira (-39,6).

Assim como nenhum distrito apresentou variação positiva, também os setores de atividade relevam esta mesma tendência. As variações mais significativas registam-se na Indústria Extrativa (-56,5 por cento), no setor da Hotelaria/Restauração (-38,7 por cento), Transportes (-37,8), Outros Serviços (-35,2) e Construção e Obras Públicas (-35,1).

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