Em janeiro do ano passado, 57 pistolas Glock foram roubadas da sede da PSP. Só quatro foram recuperadas. O inquérito continua a decorrer, mas nem sequer há arguidos.
Para além das armas, foram também roubadas as munições (nove milímetros) e os carregadores.
A PSP abriu um inquérito interno, que concluiu ter havido “falhas de supervisão e controlo” no Departamento de Apoio Geral (DAG), responsável pelo armazém onde as pistolas se encontravam.
Constança Urbano de Sousa, então ministra da Administração Interna (MAI), prometeu “processos disciplinares à cadeia hierárquica”. Os resultados dos mesmos nunca foram publicitados, refere o Diário de Notícias.
Quase que havia uma única exoneração: a do superintendente Paulo Sampaio, que à data era o diretor do DAG, mas fora nomeado oficial de ligação em Bissau dois dias antes da descoberta do roubo.
Só que o oficial interpôs uma providência cautelar e, garante o DN, continua a exercer funções na capital guineense.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também abriu um inquérito. Há um ano.
“Há pessoas sob suspeita”, adiantou uma fonte que o jornal não identifica, mas não foi constituído um único arguido.
O DN salienta ainda que nem o MAI, nem a PSP responderam aos pedidos de esclarecimento.
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