O economista Eugénio Rosa denunciou um aumento excessivo dos impostos indiretos face aos diretos, nos últimos cinco anos, o que representa um agravamento da injustiça fiscal.
Nas contas do especialista, cujo estudo foi hoje citado pelo I, os impostos indiretos “subiram 18 vezes mais do que o aumento registado em euros nos impostos diretos”.
Contas feitas, entre 2015 e 2020, os contribuintes pagaram mais 2925 milhões de euros em impostos indiretos e mais 161 milhões em impostos diretos.
Esta política de ‘carregar’ nos impostos indiretos é perversa, no entender do economista, por ignorar a justiça fiscal, uma vez que os impostos diretos são proporcionais ao rendimento.
“Em termos técnicos, é-se obrigado a concluir que a injustiça fiscal aumentou em Portugal com o Governo PS. E isto depois de ter aumentado enormemente com o Governo PSD/CDS”, salientou Eugénio Rosa, num estudo citado pelo jornal.
Essa disparidade está refletida no peso dos impostos. Os indiretos, que em 2015 correspondiam a 53,2 por cento das receitas fiscais, passam para os 56,1 com o Orçamento Suplementar para 2020, enquanto os indiretos caem dos 46,8 para os 43,9 por cento, finalizou o economista.
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