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Debate das Presidenciais acentua divergências entre Holland e Sarkozy

sarkozy_hollandA campanha às Presidenciais francesas arrancou, com Nicolas Sarkozy e o François Holland a debater ideias na televisão. Mostraram divergências políticas, em questões como o pacto orçamental europeu, com Holland a sustentar que “Angela Merkel não pode decidir por toda a Europa”. Sarkozy discorda e continua a sua cruzada, a cativar os 6,5 milhões de eleitores que votaram em Marine Le Pen.

Nicolas Sarkozy e François Holland debateram medidas de combate à crise, sendo que François Holland defende a renegociação do pacto orçamental europeu, ao contrário de Sarkozy, que pretende manter esse acordo, apontando como prioridade a redução da dívida.

Holland pretende uma rutura com a aliança franco-alemã, criticando a subserviência de todos os países da União Europeia à política da chanceler. “Angela Merkel irá certamente contestar as minhas decisões, mas numa negociação é isto que sucede… E não é a Alemanha que vai decidir pela Europa”, acusou François Holland.

A cerca de uma semana das eleições presidenciais, François Holland está à frente nas sondagens, mas não assume qualquer vantagem, relativamente a Sarkozy. “Nada está decidido, ainda. Só depois de os franceses se pronunciarem nas urnas é que podemos cantar vitória”, refere, ainda que se dia “pronto” para exercer o cargo e suceder a Sarkozy.

Por seu turno, Nicolas Sarkozy dá seguimento à sua cruzada de cativar os votos dos eleitores que votaram em Marine Le Pen. “Há 6,5 milhões de franceses que votaram em Marine Le Pen e não são de extrema direita. E não votaram em Le Pen como protesto. Foi um voto de crise ou se simpatia pelas ideias de Le Pen”, começou por dizer.

Nicolas Sarkozy argumenta que esse voto massivo num candidato de extrema direita “não é um problema da Direita, mas de toda a França”, uma vez que “mais de seis milhões de pessoas consideram que a solução para os seus problemas passa por confiar em Marine Le Pen”.

O Presidente francês pretende “dizer a esses eleitores que os respeita” e que “não dá lições de moral”, uma vez que não vive “num bairro onde a vida é impossível”. Sarkozy confessa que tem ideias em comum com Le Pen.

Por seu turno, François Holland manifesta-se mais distante do eleitorado da extrema-direita, ainda que manifeste “respeito” por todos os franceses, de igual modo.

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