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Iniciada classificação da ponte Eiffel de Viana do Castelo como património nacional

A ponte Eiffel sobre o rio Lima, em Viana do Castelo, que no dia 30 completa 141 anos, entrou hoje em processo de classificação como imóvel de interesse nacional, segundo anúncio publicado em Diário da República (DR).

A abertura do procedimento de classificação, publicada hoje em DR e assinada pela diretora-geral do Património Cultural, Paula Silva, refere que “a fundamentação, o despacho, a planta do imóvel em vias de classificação e a respetiva zona geral de proteção estão disponíveis nas páginas eletrónicas daquela entidade, bem como da Direção Regional de Cultura do Norte e Câmara de Viana do Castelo”.

A proposta de classificação daquela travessia sobre o rio Lima foi aprovada pela Câmara da capital do Alto Minho, por unanimidade, em julho de 2018.

Aquela travessia metálica, que liga a cidade de Viana do Castelo a Darque, encontra-se classificada como património da cidade e constitui um símbolo da arquitetura do ferro do século XIX, sendo hoje um ex-líbris de Viana do Castelo.

Tem 645 metros de comprimento, é composta por dois tabuleiros metálicos, sendo o superior rodoviário, para trânsito automóvel e pedestre, e o inferior ferroviário.

Inaugurada em 1878, a ponte metálica sobre o rio Lima foi desenhada pela casa Eiffel de Paris e substituiu a ponte em madeira que ligava o então terreiro de São Bento à margem esquerda do rio Lima, junto à capela de São Lourenço, na freguesia de Darque.

A empresa de Gustave Eiffel também foi encarregada da construção.

As obras começaram em março de 1877 e foram concluídas em maio do ano seguinte, sendo que a 30 de junho de 1878 foi inaugurado o troço ferroviário entre Darque e Caminha.

A última intervenção realizada na ponte centenária foi realizada em 2016, para a substituição dos aparelhos de apoio da travessia rodoferroviária sobre o rio Lima, num investimento de 117.790 euros.

Em 2014, a travessia foi alvo de uma empreitada de substituição integral do piso do tabuleiro rodoviário, que se encontrava “totalmente esburacado”.

Aquela obra, da responsabilidade da Refer, foi concluída dias antes de a travessia completar 136 anos de existência (30 de junho).

Em 2007, toda a estrutura recebeu uma grande intervenção de reabilitação, que durou quase dois anos e que custou 15 milhões de euros.

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