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Inflação na China cresce acima dos 4% devido a surto de peste suína

A inflação na China cresceu, em novembro, pela primeira vez acima dos 4 por cento desde 2011, impulsionada pela carne de porco, devido a um surto de peste suína que se alastrou por todo o país.

O índice de preços ao consumidor (IPC) da China, o principal indicador da inflação, registou um crescimento homólogo de 4,5 por cento, em novembro, acima da meta definida pelas autoridades e sete décimas a mais do registado no mês anterior.

Trata-se da primeira vez que o IPC chinês regista uma subida homóloga acima de 4 por cento, desde 2011.

Os dados, publicados hoje pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) revelam que a subida da inflação se deveu sobretudo ao aumento do preço dos alimentos, de 19,1 por cento.

O preço da carne de porco, tradicionalmente a principal fonte de proteína animal para os chineses, subiu 110,2 por cento, depois de ter aumentado 101,3 por cento, em outubro.

Segundo dados oficiais, os consumidores chineses comem 55 milhões de toneladas de carne de porco por ano. Analistas estimas que o país produziu este ano menos 130 milhões de porcos, cerca de um terço da sua produção em 2018, devido aos surtos de peste suína.

O preço das frutas frescas diminuiu 6,8 por cento, mas o de ovos aumentou 10,1 por cento, os vegetais 3,9 por cento e o peixe e marisco 2,4 por cento.

Preços de bens não alimentares aumentaram 1 por cento, enquanto os preços dos transportes e comunicações diminuíram 2,8 por cento.

O IPC nas áreas urbanas e rurais registou um crescimento interanual de 4,2 por cento e 5,5 por cento, respetivamente.

Os dados hoje publicado superam a meta definida pelo Governo chinês para a inflação, “em torno de 3 por cento”, para este ano.

O GNE informou ainda que o índice de preços de produção (IPP), que mede a inflação nas vendas por atacado, caiu 1,4 por cento.

Dos 40 setores industriais analisados, 12 registaram um aumentos dos preços, nove permaneceram no mesmo nível e 19 caíram.

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