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Inflação mensal em Angola atinge em setembro valor mais alto em pelo menos quatro anos

A taxa de inflação mensal em Angola registou uma subida de 4,75 por cento em setembro, o valor mensal mais alto, pelo menos, dos últimos quatro anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o relatório mensal do INE angolano sobre o comportamento da inflação, a que a Lusa teve hoje acesso, o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) de setembro contraria as subidas mais ligeiras, de 1,21 por cento em agosto, 1,25 por cento em julho e 1,26 por cento de junho.

O valor mais próximo deste máximo na taxa de inflação mensal registou-se em julho de 2016, quando, no espaço de um mês, os preços sofreram um aumento médio na ordem dos 4,26 por cento.

Em termos do acumulado dos últimos 12 meses, o valor cifrou-se nos 21,6 por cento, o mais alto desde janeiro, avança a folha de informação rápida do INE.

Este registo tinha vindo a descer desde outubro de 2017, quando atingira os 26,25 por cento (acumulado a 12 meses). Em agosto de 2018, o valor encontrava-se nos 18,56 por cento, em julho, nos 19,01 por cento, e em maio, nos 19,52 por cento.

De acordo com o INE, o principal setor a influenciar esta subida dos preços em setembro de 2018 foi o da “Habitação, Água, Eletricidade e Combustíveis”, com uma variação mensal de 43,33 por cento, responsável por 3,5 por cento do aumento total de 4,75 por cento. Seguiram-se os “Transportes”, com 2,11 por cento, e o setor do “Vestuário e Calçado”, com 1,89 por cento.

Os aumentos de preços foram liderados pelas províncias de Luanda (4,98 por cento), Cunene (2,78 por cento), Bengo (2,63 por cento) e Namibe (2,19 por cento), enquanto as com menor variação foram a Cuando-Cubango (0,85 por cento), Huambo (1,15 por cento), Bié (1,18 por cento) e Cabinda (1,31 por cento).

Em 2016, a inflação em Angola (12 meses) ultrapassou os 41 por cento e no ano seguinte os 23 por cento.

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