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Inflação em Angola chega aos 18,36% até novembro e ameaça meta do Governo

Os preços em Angola aumentaram 1,31 por cento entre outubro e novembro, tendo a inflação acumulada a 12 meses subido para 18,36 por cento, valor que coloca em causa a meta de 18 por cento estabelecida pelo Governo angolano para 2018.

De acordo com o relatório mensal do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano sobre o comportamento da inflação, a que a Lusa teve hoje acesso, o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) de novembro baixou face aos 1,39 por cento de outubro, mas a diminuição não foi suficiente para atenuar a subida acumulada dos últimos doze meses.

Assim, a inflação no acumulado de 12 meses passou de 18,04 por cento para 18,36 por cento (dezembro a novembro), afastando-se dos 18 por cento previstos pelo Governo angolano para os 12 meses (janeiro a dezembro).

Inicialmente, o Executivo previa uma inflação de 28,8 por cento para todo o ano de 2018, previsão entretanto revista em baixa, para 18 por cento, na proposta de lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2019, que vai para votação final, sexta-feira, na Assembleia Nacional.

Para cumprir esta meta, a inflação no mês de dezembro não poderá ultrapassar 1,04 por cento, valor (mensal) que não se verifica desde novembro de 2017.

De acordo com o INE, o principal setor a influenciar o IPCN em novembro foi a “Saúde”, com uma variação mensal de 1,91 por cento, seguindo-se os setores “Vestuário e Calçado”, com 1,79 por cento, “Lazer, Recreação e Cultura”, com 1,70 por cento, e “Bens e Serviços Diversos”, com 1,69 por cento.

O aumento de preços foi liderado pelas províncias de Bengo (2,10 por cento), Zaire (1,91 por cento), Moxico (1,60 por cento) e Uíge (1,50 por cento), enquanto as províncias com menor variação foram Namibe (0,89 por cento), Bié (1,10 por cento), Huambo (1,12 por cento) e Lunda Sul, Huila e Cuanza Norte (todas com 1,15 por cento).

Em 2016, a inflação em Angola (12 meses) chegou a 41,12 por cento e no ano seguinte desceu para 23,67 por cento.

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