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Infarmed quer chegar às 10 mil notificações de reações adversas a medicamentos este ano

A diretora de Farmacovigilância do Infarmed afirmou hoje que houve um aumento de notificações das reações adversas a medicamentos este ano, 5.385 nos primeiros seis meses, uma subida “expectável e desejável” que atribui ao trabalho desenvolvido pela autoridade do medicamento.

“Esperamos chegar às dez mil. No ano passado tivemos seis mil, por isso estamos satisfeitos com as campanhas e com a produtividade do novo portal” para notificação das reações adversas em 2017, afirmou Fátima Canedo aos jornalistas, à margem das IV Jornadas do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e Resistência aos Antimicrobianos, que está a decorrer em Lisboa.

Fátima Canedo adiantou que está a decorrer uma campanha europeia até sexta-feira para sensibilizar os profissionais de saúde e os doentes para a notificação de reações adversas.

Ainda neste âmbito, o Infarmed lançou hoje uma campanha para encorajar as notificações adversas em crianças e grávidas.

Segundo Fátima Canedo, cerca de 10 por cento das notificações adversas dizem respeito ao grupo pediátrico (até aos 18 anos) e cerca de 30 por cento a pessoas com mais de 65 anos. “Entre os 18 e 64 anos são 60 por cento das notificações”, disse a responsável.

“A incidência parece ser maior nos idosos, que são doentes polimedicados, já tem outras doenças e por isso mais suscetíveis a efeitos indesejados”, explicou.

Os casos mais graves de reações adversas estão relacionados com as próprias patologias do doente e com a forma de atuação dos fármacos.

“As reações mais graves são mais raras e podem causar morte, motivar ou prolongar o internamento, causar incapacidade temporária e defeitos congénitos”, adiantou Fátima Canedo.

Apesar de os médicos continuarem a ser os que mais notificam as reações adversas, os doentes também já o fazem, o que fez também aumentar o número de notificações.

O aumento das notificações é um dos objetivos do novo portal de notificações, o portal ‘Ram’, que faz sensibilização e dá informação para alertar as pessoas para a importância da notificação.

“Por estranho que pareça, e pode parecer contraditório, quanto mais notificações tivermos, melhor conhecemos o perfil de segurança dos medicamentos e eles tornam-se cada vez mais seguros”, adiantou Fátima Canedo.

Fátima Canedo explicou que estas reações não se devem a problemas com fármacos: “Um medicamento quando é lançado no mercado passa por um conjunto de ensaios clínicos, que são curtos no tempo e não envolvem toda a população. Não envolvem grávidas, não envolvem crianças”.

“Quando um medicamento é lançado no mercado vai abranger uma população que nunca esteve exposta a esse medicamento. Por esse motivo conhecem-se novos efeitos indesejáveis dos medicamentos. E, por esse motivo, quanto maior for o número de notificações mais o medicamento se torna seguro, porque o Infarmed atualiza a informação ou recomenda materiais educacionais dirigidos aos profissionais e aos doentes sobre a forma como devem ser tomados ou prescritos os medicamentos”, explicou.

Lusa

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