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Ineficiências dos hospitais custam dois milhões de euros por dia, deteta Tribunal de Contas

Uma auditoria levada a cabo pelo Tribunal de Contas, que avalia os gastos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, detetou gastos escusados em montantes que rondam os dois milhões de euros diários, em média. As perdas resulta de “ineficiências” no internamento e no ambulatório e em 2008 atingiram os 745 milhões de euros. Há “excesso de recursos humanos” e utilização abusiva de “medicamentos e meios de diagnóstico e de terapêutica”.

A eficiência nos hospitais permitiria poupar, segundo o Tribunal de Contas, cerca de dois milhões de euros por dia, segundo conclui uma auditoria relativa a despesas no ano de 2008. Neste ano, foram gastos de forma escusada 745 milhões, custos que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) poderia ter poupado com uma gestão eficiente.

Os auditores do Tribunal de Contas avaliaram os modelos de financiamento dos hospitais, desde 2007 e até 2009, e concluíram que naquele ano foram desperdiçados 242 milhões no internamento e 503 milhões no ambulatório, fatura total de “ineficiências” que ocorreram nas unidades hospitalares do SNS. O relatório final, após esta análise, arrasa a gestão hospital feita em Portugal.

A causa desta ineficiência prende-se com preços “inadequados” e à falta de informação sobre os diversos custos das unidades de saúde. Estes factos associados levam a uma má gestão com custos bem definidos: dois milhões de euros por dia.

O relatório vai mais longe e aponta ‘doenças’ graves na gestão hospitalar, com “excesso de recursos humanos” e utilização abusiva de “medicamentos e meios complementares de diagnóstico e de terapêutica”. Estas parcelas representam defeitos que o Tribunal de Contas aponta.

Outros problemas detetados nesta auditoria prendem-se com a “falta de um levantamento exaustivo e transparente de todas as necessidades de saúde” da população. Sem esta informação, o SNS expõe-se a gastos escusados.

Os contratos-programa também não são adequados à realidade. Por outro lado, uma grande maioria das unidades de saúde desenvolve actividades sem que disponha de “fonte própria de financiamento”, o que gera passivos.

Segundo o Tribunal de Contas, os hospitais não têm uma contabilidade adequada, que lhes permita saber quais os custos que cada doente suscita. Em vez desse dado fundamental, definem a distribuições de despesas por secção hospitalar.

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