O Instituto Nacional de Estatística revela que a produção de cereais a nível nacional teve uma baixa, sendo a menor desde 2005, marcada fortemente pela seca.
Segundo o INE, as previsões agrícolas de 31 de julho, mostravam que “a campanha dos cereais de outono/inverno saldou-se por quebras expressivas, fundamentalmente devido à seca, situação que também afetou a batata, especialmente a de sequeiro”.
Com a colheita quase finalizada, verifica-se uma quebra, pelo quarto ano consecutivo. Comparativamente a 2011 nota-se uma baixa de 30 por cento no triticale, 25 por cento na aveia, 20 por cento no trigo mole, trigo duro e centeio e ainda 15 pontos percentuais na cevada.
Resultado das condições climáticas adversas, como na época da floração/polinização, poderá ainda agravar-se a produtividade dos pomares de pêra, maçã e pêssego.
Quanto ao milho e milho para grão de regadio, o instituto afirma que o cereal se manterá nos 90 mil hectares, mas o milho para grão de regadio irá apresentar um “desenvolvimento vegetativo regular”, repetindo o rendimento do ano passado.
O arroz mantém-se semelhante ao ano anterior, com cerca de 5855kg/hectare. Já a batata vai decrescer em cinco por cento.
O tomate para a indústria, mostra “perspetivas animadoras”, depois do mau ano de 2011, com uma produtividade acima das oitenta e duas toneladas por hectare, valor este acima dos últimos cinco anos. O girassol mantém-se estável.
O INE vem ainda alertar relativamente ao período de final de julho, onde 58 por cento do território nacional estava em extrema seca e outros 26 por cento em seca severa, sendo que “o potencial produtivo das culturas de primavera/verão no atual ano agrícola é ainda incerto” e “o impacto da seca poderá estender-se à próxima campanha, particularmente se não ocorrer precipitação até ao início do outono”.