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INE de Angola melhora recessão do ano passado de 1,7 para 1,2 por cento do PIB

O Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola reviu para melhor o crescimento negativo da economia que se verificou no ano passado, que passou de 1,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,2 por cento.

De acordo com o documento sobre as Contas Nacionais Trimestrais relativas aos primeiros três meses deste ano, a economia angolana teve crescimentos negativos de 2,5 por cento de janeiro a março de 2018, de 3,8 por cento no segundo trimestre, de 1,3 por cento no terceiro trimestre e entrou em território positivo nos últimos três meses do ano, em que registou uma expansão económica de 2,6 por cento.

Nos primeiros três meses deste ano, a economia angolana voltou a ‘entrar no vermelho’, registando uma contração da atividade económica que o INE estima ter sido de 0,4 por cento, o que terá levado o executivo a rever, logo em abril, a perspetiva de crescimento, de 3,2 por cento, para 0,4 por cento no conjunto de 2019.

De acordo com o documento, divulgado na segunda quinzena de julho, “o desempenho das atividades económicas no primeiro trimestre de 2019 em relação ao primeiro trimestre de 2018, em termos de variação negativa, é atribuído fundamentalmente às atividades de Comércio (-3,2 por cento), Financeiras (-4,8 por cento), Indústria Transformadora (-6,5 por cento), Telecomunicac¸o~es (-6,8 por cento), Petróleo (-6,9 por cento)”, lê-se na nota divulgado pelo INE, que dá conta da evolução do PIB nos primeiros três meses deste ano em comparação com o período homólogo do ano passado.

No comunicado, o instituto responsável pelas estatísticas em Angola explica que “as atividades que mais contribuíram, em termos de participação, e constituíram fatores importantes para o desempenho das atividades no PIB do primeiro trimestre de 2019 foram a Extração e refinação do petróleo bruto e gás natural, com 33 por cento, seguida do Comércio, com 15 por cento, Construção, com 12 por cento, Administração Pública, com 8 por cento, Servic¸os Imobilia´rios e Aluguer, com 6 por cento, Outros Serviços, com 6 por cento, e AgroPecua´ria e Silvicultura, com 4 por cento”.

O crescimento negativo do primeiro trimestre está em linha com as previsões dos analistas, que têm, nas últimas semanas, revisto em baixa a previsão de andamento da economia, havendo quem anteveja uma nova recessão para o conjunto do ano, como a Capital Economics e a Economist Intelligence Unit, ou uma estagnação, como a FocusEconomics.

Em abril deste ano, o Governo angolano reviu em baixa a estimativa de crescimento, de 3,2 por cento este ano esperados no final do ano passado, quando assinou o programa de financiamento com o Fundo Monetário Internacional, para 0,4 por cento.

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