Economia

Índice PSI 20 caiu 12,2 por cento em 2018

O PSI 20 caiu 12,2 por cento no ano passado, sendo que a margem de lucro das empresas cotadas no índice cresceu 3,5 pontos percentuais, segundo um relatório da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de 2018.

O Relatório sobre os Mercados de Valores Mobiliários concluiu que “os principais índices acionistas apresentaram quedas significativas, refletindo um sentimento de incerteza gerado pelo aumento de tensões geopolíticas e comerciais”.

No caso do PSI 20, a queda de 12,2 por cento acompanhou essa tendência, “embora com uma desvalorização menos pronunciada”.

Segundo a CMVM, “o valor negociado no mercado regulamentado Euronext Lisbon atingiu 24.919 milhões de euros em 2018 (menos 15,8 por cento que no ano anterior)”, sendo que, segundo o regulador, “a volatilidade subiu nos mercados português, europeu e norte-americano face a 2017, mas manteve-se em níveis historicamente baixos”.

Em comunicado, o organismo referiu que globalmente “assistiu-se a um ligeiro aumento das margens de lucro das empresas cotadas. Em Portugal, a margem de lucro das empresas do PSI 20 cresceu 3,5 pontos percentuais, situando-se no seu ponto mais elevado desde o início da crise das dívidas soberanas”.

Esta ‘performance’ foi favorecida por um aumento de 12,4 por cento das receitas, mas, “ainda assim, houve uma maior contenção na partilha dos lucros, tendo as empresas cotadas optado por distribuir menos dividendos aos acionistas”, segundo a CMVM.

De acordo com o balanço feito pelo regulador, “os mercados cambiais exibiram igualmente alguma instabilidade em 2018, com algumas economias emergentes e países em desenvolvimento a enfrentaram avultadas saídas (líquidas) de capitais e dificuldades em realizar o ‘roll over’ das suas dívidas, em particular no terceiro trimestre”.

Neste contexto, “o menor apetite pelo risco de mercados emergentes”, que abrangem países como a Argentina e a Turquia, “traduziu-se na reavaliação dos ativos”, de acordo com a CMVM.

No que diz respeito aos mercados da dívida, “assistiu-se ao aumento do ‘spread’ de crédito de obrigações especulativas” face “a obrigações de nível de investimento”, acrescenta.

O regulador deu conta de que a dívida privada emitida em Portugal “ascendeu a 16.787 milhões de euros em 2018, correspondendo a um aumento de 5,1 por cento face ao ano anterior”.

A CMVM analisou ainda a área da gestão de ativos, concluindo que “o valor dos resgates em 412 milhões de euros ultrapassou o das subscrições no conjunto dos fundos de investimento mobiliário nacionais em 2018”.

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