A tentativa para evitar uma violação levou à morte de uma menina de 15 anos, na Índia. Como retaliação, os seis agressores deitaram-lhe querosene e atearam fogo. A vítima morreu devido às queimaduras. Quatro suspeitos foram detidos e a polícia procura os dois em fuga.
Um novo escândalo de violação coletiva, mais uma vez envolvendo uma menor, voltou a centrar as atenções na Índia.
Uma adolescente de 15 anos morreu pelas queimaduras provocadas por um grupo de homens como retaliação pela tentativa de evitar a violação, no passado dia 16.
O caso foi revelado pela polícia, quando anunciava a detenção de quatro suspeitos.
De acordo com os relatos dos familiares da vítima, seis jovens terão forçado a jovem a entrar em casa, em Shahjahanpur, no estado de Uttar Pradesh, após esta ter rejeitado as primeiras tentativas para a tocarem e ignorado gestos obscenos.
Ainda segundo a polícia, como a adolescente tentou a todo o custo evitar a violação, os seis homens encharcaram-na de querosene, ateando-lhe fogo.
A vítima ainda foi transportada para um hospital, mas faleceu na mesma noite.
“Quatro dos seis acusados foram detidos. Todos pertencem à mesma cidade e à mesma casta da menina”, acrescentou o superintendente da polícia local, revelando que os outros dois suspeitos continuam em fuga.
O problema tornou-se conhecido à escala mundial quando, em 2012, uma estudante de 23 anos morreu após ser vítima de violação coletiva num autocarro.
Já este ano, um novo caso voltou a abrir a polémica, quando duas adolescentes foram violadas por cinco homens e depois enforcadas, também no estado do Uttar Pradesh.
Para piorar a situação, o governador do estado de Madhya Pradesh, Babulal Gaur, que também é um dos mais altos quadros do partido do Governo, comentou a violação como um “crime social que depende de homens e mulheres” e concluiu: “às vezes é certo, outras vezes é errado”.