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“Incomodámos poderes e pessoas que se julgavam intocáveis. Voltaria a fazer tudo da mesma forma”

Ana Leal deixou hoje a TVI, após 20 anos de serviço e um mês depois de uma suspensão disciplinar, por ‘provar’ ao Conselho de Redação (CR) que estava a ser ‘censurada’ pelo diretor de Informação, Sérgio Figueiredo.

Após um inquérito interno, a jornalista foi alvo de um processo disciplinar por ter partilhado com o CR emails trocados com a direção de Informação, como forma de sustentar as acusações de censura que então dirigia a Sérgio Figueiredo.

O processo disciplinar, o segundo nos últimos oito anos, deu origem à suspensão da jornalista, no final de maio.

Na mensagem de despedida, publicada no Facebook, Ana Leal não abordou diretamente esse incidente, mas terminou com o “orgulho de quem não se verga a nenhum tipo de pressão”.

“Durante o programa ‘Ana Leal’ emitimos cerca de cem reportagens de investigação que incomodaram poderes instalados e pessoas que se julgavam intocáveis. Voltaria a fazer tudo da mesma forma”, escreveu a jornalista.

No texto, carregado de agradecimentos a vários colegas, Ana Leal fez questão de destacar os jornalistas Cláudia Rosenbusch, Sara Bento e André Carvalho Ramos, “que jamais quebrarão”, e os repórteres de imagem que “levaram com paus, ferros e baldes”, Nuno Assunção, Nuno Quá e Vitor Quental.

“Digam lá que não vão ter saudades das muitas esperas que fizemos aos corruptos deste país?”, questionou a estes últimos.

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