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Incêndios: DGS explica cuidados a ter na alimentação

O fogo de Pedrógão Grande antecipou a ‘fase Charlie’, o período crítico da época de incêndios em Portugal, e dezenas de pessoas foram afetadas pela exposição ao fumo. Para precaver casos semelhantes, a Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou um ‘manual de instruções’ com os cuidados a ter na alimentação, destinado especialmente aos bombeiros e a quem mais for para a primeira linha de combate ao fogo.

Os conselhos são de Sofia Sousa Silva, a nutricionista que escreveu a monografia ‘Vítimas e Bombeiros em Situações de Catástrofe Natural’.

“O stress, o calor, a elevação da temperatura corporal e a desidratação são uma combinação implacável, à qual o organismo responde com elevado número de alterações fisiológicas como: elevação da adrenalina, maior fluxo sanguíneo, maior tensão muscular, maior número de movimentos respiratórios, aumento da pressão sanguínea e mais batimentos cardíacos por minuto”, indica o artigo publicado pela DGS no site do Serviço Nacional de Saúde.

Citando uma “recomendação da Força Aérea”, a nutricionista aconselha, “ao longo do dia”, o consumo de “um quarto de litro de água por hora”, fundamental para “manter a hidratação” e o nível de sódio no sangue.

Água que pode – deve, melhor dizendo – ser substituída por bebidas energéticas “contendo hidratos de carbono e sódio”, como recomendado pelo exército dos EUA para precaver uma eventual indisponibilidade de alimentos. Entre estes, frutas (especialmente a banana), pão e bolachas são os mais recomendados.

Bombeiros e militares que disponham das “rações restritas” devem ingerir “cerca de 16 gramas por hora”, quantidade “suficiente para o desempenho ótimo da capacidade física”, pois fornecem entre “1100 a 1500 Kcal”.

“Diversos estudos demonstram que os militares ingerem quantidade insuficiente de fluidos para manter a hidratação e alimentos insuficientes para manter o equilíbrio energético, em especial durante as operações. Uma boa hidratação e a ingestão suficiente de hidratos de carbono afeta a performance destes profissionais, além de diminuir a suscetibilidade a doenças e promover uma recuperação mais adequada depois das operações”, recorda ainda a DGS, com base na monografia de Sofia Sousa Silva.

A importância deste conselhos é redobrada quando os estudos confirmam que a inalação dos fumos tem sido mais fatal do que as queimaduras provocados pelo fogo: entre 50 a 80 por cento das mortes em incêndios ocorrem por lesões provocadas pelas partículas e gases aquecidos que constituem o fumo.

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