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A imuno-oncologia: Um novo paradigma no combate ao cancro

É visto como um dos maiores avanços na área da oncologia e afirma-se como uma mudança de paradigma no tratamento do cancro, transformando a quimioterapia ou a radioterapia num detalhe da atuação oncológica. Saiba mais sobre a imuno-oncologia.

Os resultados são encorajadores e os sinais recolhidos nos últimos anos indicam que este método pode ser a espinha dorsal da atuação oncológica.

Quando surge o diagnóstico do cancro o relógio da vida acelera. E há uma luta contra o tempo, mais rápida do que qualquer avanço científico. Os tratamentos convencionais nem sempre dão a resposta desejada.

O doente oncológico (bem como a sua família) agarra-se à única ciência: a esperança. Sim, esse conceito vago transforma-se em ciência, perante quadros que sempre que se fala em cancro não são otimistas.

Não há tempo a perder. Nem a hipótese de aguardar por esses avanços da ciência. Mas em breve o combate ao cancro entra num novo paradigma. Assim que a imuno-oncologia se assuma como prioritária.

Há alguns anos, poucos acreditavam que este fosse o caminho. Mas o sonho transformou-se em realidade, em alguns casos

“Na semana passada, o ‘Financial Times’ referia a imuno-oncologia como o maior avanço na luta contra o cancro em mais de 70 anos”, destaca Vítor Virgínia, diretor-geral da Merck Sharp & Dohme Portugal, num artigo de opinião assinado no Jornal de Notícias.

Mas o que é a imuno-oncologia? O princípio é o basilar: prevenir é o melhor remédio. Este método de combate ao cancro consiste em ativar o sistema imunitário, tornando-o capaz de identificar e destruir as células tumorais, o que permite combater a doença pela raiz, com grande eficácia.

Com a imuno-oncologia, o sistema imunitário fica com a missão de responder ao tumor: as nossas células T serão uma espécie de soldados que vigiam e matam as células tumorais.

Em Portugal, estão já aprovados alguns medicamentos, que são comparticipados, para tratar o melanoma avançado. Alguns doentes com cancro do pulmão participam já em ensaios clínicos, há algum tempo.

Os resultados obtidos nesses ensaios já demonstraram que estas novas terapias duplicam a probabilidade de sobrevivência e diminuem os efeitos secundários, que passam a ser diminutos, em contraste, por exemplo, com a quimioterapia.

“Como a imuno-oncologia atua fundamentalmente nas células cancerosas, os doentes têm muito menos efeitos tóxicos como queda de cabelo ou enjoos”, destaca ainda Vítor Virgínia.

As terapias de imuno-oncologia podem ser utilizadas num grande número de tipos de cancro.

Em toda a Europa diferente terapias de imuno-oncologia estão em processo de aprovação para uso por doentes para o tratamento de melanoma avançado, cancro do pulmão, cancro coloretal, cancro renal, cancro da próstata, entre outros.

Os resultados são encorajadores e os sinais recolhidos nos últimos anos indicam que este método pode ser a espinha dorsal da atuação oncológica.

Estão em curso centenas de estudos clínicos que analisam este tratamento, aplicado em mais de 30 diferentes tipos de tumor. É um dos mais promissores tratamentos contra o cancro.

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