Economia

Impostos custam mais 10 milhões do que o previsto à Cimpor

cimporOs impostos levaram a Cimpor a ter resultados “neutros” no quarto trimestre de 2011, anulando os ganhos na faturação. A cimenteira encerrou o ano com um desvio de 10 milhões de euros face ao previsto decido ao aumento dos encargos com os impostos.

A Cimpor poderia ter apresentado resultados positivos no quarto trimestre de 2011, mas a subida dos encargos relacionados com os impostos, que superaram em 10 milhões as previsões, originou uma estagnação no resultado líquido.

A cimenteira até aumentou o volume de negócios em 1,6 por cento, movimentando 2.275,3 milhões de euros, mas o resultado líquido desceu em 18,1 por cento, para os 198,1 milhões de euros. O EBITDA da empresa também se apresentou em queda, na ordem dos 2,2 por cento, para os 616 milhões de euros, “provavelmente devido ao impacto positivo menor do que o esperado da venda de licenças de CO2”.

Segundo os analistas do BPI, os resultados operacionais “neutrais” apresentados no quarto trimestre foram insuficientes para suportar em alta o resultado líquido, “afetado por impostos mais elevados” do que as previsões. O banco adianta que “a principal razão por trás do desvio ao nível do resultado líquido”, que ficou 19 milhões abaixo das previsões, “veio de um desvio de 84 por cento nos impostos”, correspondente a 10 milhões de euros.

Quanto à geografia da atividade da cimenteira, o Brasil foi o único mercado onde a Cimpor cresceu, correspondendo às expectativas. Em Portugal (onde a empresa “continuou a ter uma performance negativa”), Egito e China a atividade foi penalizada no último trimestre de 2011. África do Sul, Marrocos e Moçambique foram áreas com um desenvolvimento positivo, no entender dos analistas do BPI.

O mesmo banco aconselha a “manter” as ações da cimenteira, avaliando-as em 5,80 euros. Durante o dia de hoje, a evolução dos títulos decorria de forma positiva.

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