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Impostos sobre combustíveis: Camiões saem quarta-feira em marcha lenta

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Em protesto contra o aumento do imposto sobre os combustíveis, que conta no Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), mais de 2000 empresas de transporte de mercadorias vão sair à rua em marcha lenta. A iniciativa, agendada para quarta-feira, deve juntar 15 mil camiões.

Ao invés de engrenar a quarta velocidade, a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) optou por convocar uma marcha lenta para todo o território nacional, em protesto contra o peso da carga fiscal nos combustíveis.

O OE2016 definiu um aumento do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP) em seis cêntimos por litro de gasóleo e de gasolina, já em vigor desde meados de fevereiro, que “compromete a competitividade do setor e, consequentemente, a sobrevivência das empresas e a manutenção dos postos de trabalho”, de acordo com a ANTRAM.

Com cerca de 2000 empresas prontas a aderir, a manifestação deverá colocar cerca de 15 mil camiões nas ruas, numa altura em que a cotação do preço do petróleo nos mercados continua em queda.

“Acontece que esta baixa se reflete em todos os países e, se em Portugal a carga fiscal for superior, as empresas portugueses deste setor terão necessariamente um custo de produção superior aos demais concorrentes europeus”, lembrou a associação, em comunicado.

A ANTRAM salientou também que a resposta do Governo, que propôs uma majoração do custo com o combustível em 20 por cento em sede de IRC, “não permite atingir o valor que as empresas terão que suportar com o aumento do ISP”.

As empresas, que alegam um peso dos custos com o combustível de 35 por cento, exigem uma baixa da carga fiscal para níveis semelhantes aos praticados em Espanha, sugerindo para isso uma devolução (e não majoração) do ISP com base no consumo.

A ANTRAM e o ministro Adjunto Eduardo Cabrita vão discutir o assunto no próximo dia 30, uma semana após a marcha lenta.

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