Economia

Impasse na TAP origina voos sem refeições para os passageiros

Há passageiros da TAP que ficam sem refeições durante os voos. A empresa não consegue sair do impasse nas negociações com os tripulantes de bordo e a ferramenta dos ‘serviços mínimos de segurança’ é cada vez mais habitual, avança o Diário de Notícias.

As refeições não estarão a ser servidas porque, com o aumento de tráfego do verão, faltam tripulantes de bordo, explica o jornal.

O acordo de empresa, que está na origem do impasse, possibilita que o chefe de cabine possa decretar os ‘serviços mínimos de segurança’ – alegar que a segurança do voo é prioritária face aos demais serviços de bordo– quando o número de tripulantes é inferior ao previsto.

Assim, mesmo que o bilhete contemple o direito à refeição, esta poderá não servida por o voo decorrer com ‘serviços mínimos de segurança’ – e, segundo os relatos apurados pelo DN, esta ferramenta é cada vez mais utilizada pelos chefes de cabine.

“Isto é verdade para todas as classes, mesmo para a classe executiva, onde o passageiro paga uma tarifa mais elevada e que deveria dar direito a um serviço diferenciado”, testemunhou um passageiro, citado sob anonimato pelo DN: “Somos informados já dentro do avião que o voo não vai ter serviço de bordo e que lamentam a situação, mas é difícil contornar essa falta de refeição quando já estamos prontos para descolar. E podemos falar de voos de mais de duas horas”.

O impasse está para durar. De acordo com o sindicato nacional do pessoal de voo da aviação civil (SNPVAC), a TAP tem ignorado os sucessivos alertas para reforçar o quatro de pessoal, alegando ter o número de tripulantes necessários para cumprir os tempos de descanso.

Cada voo deve ter um tripulante por cada 50 passageiros, mas no verão, com o aumento de rotas e reforço das ligações, raro é o avião com 200 lugares que tem a bordo quatro tripulantes e o chefe de cabine.

“Existem casos de falta de serviço em alguns voos, que estamos a tentar colmatar com a entrada de novos tripulantes, já em curso e outros que ainda falta”, reconheceu a empresa, citada pelo Diário de Notícias.

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