Segundo o Instituto de Meteorologia (IM), as temperaturas máximas de Portugal Continental atingiram níveis mais elevados do que o normal, em maio, o que agravou o quadro de seca. No início de junho, 44 por cento no território estava em seca extrema, sendo que 30 por cento está um nível abaixo (seca severa).
De acordo com dados do IM relativos à seca em Portugal, verificou-se um agravamento do quadro, durante o mês de maio, em que se assinalaram temperaturas máximas superiores ao que é normal nesta época do ano. As temperaturas máximas de maio estiveram 2,28 graus centígrados acima das médias normais para esta altura do ano.
Além das máximas superiores, o IM assinalou uma onda de calor entre os dias 9 e 17 do mês passado. Nesse sentido, há 44 por cento do território continental em seca extrema e 30 por cento em seca severa, com as regiões do sul e do interior a serem as mais fustigada pelas temperaturas elevadas.
Apesar de tudo, maio foi um mês chuvoso, em todo o território continental, com exceções no norte, Lisboa e Setúbal e na região da Beira Baixa. Ainda assim, em vésperas do verão, o IM prevê que a situação de seca meteorológica se agrave.
Diversos fatores contribuíram para este cenário. As poucas chuvas durante o inverno e um cenário idêntico em abril (mês que costuma ter precipitações elevadas). Mas abril foi pouco chuvoso, o que, a juntar a um maio mais quente, deixa perceber um agravamento de secas extremas.
É provável que a percentagem de território em Portugal Continental em situação de seca extrema aumente, nas próximas semanas.
