De acordo com um novo estudo do Fórum Económico Mundial (FEM), as disparidades salariais e de acesso ao emprego para as mulheres só terminarão daqui a 217 anos. Serão necessários, ainda, cerca de 100 anos para que homens e mulheres estejam em pé de igualdade no que diz respeito à saúde, educação e representação política.
Há um ano, o Fórum Económico Mundial estimava que a igualdade de género em questões laborais chegaria ao fim de 170 anos, sendo que, daqui a 83 anos, homens e mulheres estariam em pé de igualdade em termos de saúde, educação e representação política.
Um novo estudo, tornado agora pública, aponta para uma estimativa de 100 anos para os dois géneros sejam iguais no que diz respeito a saúde, educação e representação política. A igualdade de género no trabalho, essa, demorará mais tempo: cerca de 217 anos.
“Em 2017 não deveríamos estar a assistir a uma reversão dos progressos pela paridade de género. A igualdade de género é um imperativo moral e económico. Alguns países entendem isto e estão agora a colher os dividendos de terem adotado medidas proativas para resolver lacunas de género”, explica Saadia Zahidi, chefe do FEM, citado pelo Expresso.
Na base da investigação, o FEM analisou as diferenças entre homens e mulheres em 144 países sob os primas económicos, de saúde, educação e representação política.
No Reino Unido, a título de exemplo, os dados recolhidos mostram que a igualdade de género poderia acrescentar cerca de 188 mil milhões de libras (214 mil milhões de euros) ao PIB britânico.
Neste contexto, as empresas com mais de 100 trabalhadores serão obrigadas a explicar e considerar as desigualdades salariais, tendo como base uma medida que integra uma proposta de lei a ser trabalhada pelas áreas governativas da Cidadania e Igualdade, sob tutela da ministra da Presidência e pelo Ministério do Trabalho.
A medida deverá ser aprovada em Conselho de Ministros na próxima quinta-feira, segundo informações concedidas à Lusa por fonte do governo, e prevê uma implementação faseada: nos primeiros dois anos será aplicável apenas às empresas com mais de 250 pessoas, sendo que, posteriormente, aplicada a empresas com mais de 100 trabalhadores.
De acordo com a mesma fonte, a lei visa a promoção da igualdade remuneratória entre homens e mulheres e integra “medidas de natureza informativa e medidas que pugnam pela avaliação e correção das diferenças em teor discriminatório”.
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