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Igreja proíbe padres de darem “beijos na boca” e fazerem “massagens” aos fiéis

A questão dos abusos por parte de sacerdotes continua a levantar forte polémica no interior da Igreja Católica e na sociedade mundial. Agora é um manual lançado pela igreja, no Chile, um dos países onde o escândalo atinge maiores proporções, a dar conta de uma espécie de manual de conduta, entretanto tirado de circulação, onde se aconselham os padres a não darem “beijos na boca”, não fazerem massagens” nem darem “abraços por trás” aos fiéis.

O manual da polémica já foi retirado de circulação mas ‘deixou rasto’ no Chile e tem gerado polémica, uma vez que nele estavam várias recomendações de conduta para os padres no trato com os fiéis.

E entre as recomendações estavam, entre outras, pedidos aos sacerdotes para que, por exemplo, evitassem “dar beijos na boca” aos fiéis ou “abraços por trás”.

No manual das ‘boas práticas’ – que o site da igreja católica chilena publicou, e que estava assinado pelo Cardeal de Santiago do Chile, e que entretanto foi colocado fora da rede – era ainda pedido aos padres para que não tentassem dar “palmadas nos glúteos, tocar na áreas dos genitais ou no peito” dos fiéis.

O toque nos crentes também só devia ser dado “segundo o que é apropriado ou permitido pela cultura local”.

Também era pedido aos sacerdotes para não “violar a privacidade, olhando ou tirando fotos a rapazes, raparigas, adolescentes ou pessoas vulneráveis que estejam nuas, a vestir-se ou a tomar banho”.

De acordo com o jornal espanhol El País, a polémica obrigou à retirada do controverso documento.

Em sua defesa, a igreja chilena explica que tinha sido dado a conhecer “uma parte” de um longo texto intitulado ‘Orientações que promovem o bom trato e a Coexistência Pastoral Saudável’, que deverá ser lançado em abril do próximo ano.

A igreja chilena já pediu “desculpa” pelas expressões usadas neste documento e promete fazer correções na linguagem no novo documento.

O escândalo dos abusos sexuais é uma polémica que a igreja tem vindo a enfrentar e já levou a que personalidades internacionais, como é o caso de Bono Vox, vocalista dos U2, se tenha juntado às vozes críticas e feito apelos ao Papa Francisco.

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