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“Idiotas e ignorantes são antivacina porque está na moda”, critica pediatra

O pediatra Mário Cordeiro defende a responsabilização criminal dos pais que não vacinam os filhos e critica os “idiotas e ignorantes que contestam a medida mais eficiente de saúde pública”.

Especialista em vacinação e elemento da equipa da Direção-Geral da Saúde que em 1989 lidou com um surto de sarampo que fez cerca de 50 vítimas mortais, Mário Cordeiro tem sido um ativo defensor de “um dos mais elementares Direitos da Criança”, as vacinas.

Em entrevista ao I, na sequência de um Prós e Contras (programa da RTP) que ficou marcado por um “terapeuta de biomagnetismo” que contestou a vacinação, o médico e pediatra insurgiu-se contra “o obscurantismo e a negação” da eficácia das vacinas.

“Confesso que começo a estar saturado de ver que a medida mais eficiente de saúde pública pode vir a ser posta em causa por meia dúzia de idiotas e mais meia dúzia de ignorantes que são antivacina porque está na moda”, afirmou Mário Cordeiro.

O pediatra defende mesmo a responsabilização, inclusive a nível criminal, dos pais que decidam não vacinar os filhos.

É uma “negligência” que devia ser equiparada a maus-tratos, insistiu.

“Se alguma coisa acontecer aos filhos, então devem responder perante os tribunais”, frisou.

Mário Cordeiro fez ainda questão de, nesta entrevista, desmontar o argumento de que as vacinas pode ser um fator de risco, garantindo que não vacinar é “expor a criança a um risco que pode ser evitado”.

“Exponham essas crianças a andar de carro sem cadeirinha, então deixem-nas não ir à escola, então não as alimentem”, comparou.

“Todos os pais que dão beijinhos aos filhos transmitem-lhe vírus e bactérias e estas vão fomentar a imunidade do bebé para que não venha, depois, a ter doenças invasivas graves. As vacinas complementam essa vacinação que os pais, repito, diariamente fazem no quotidiano. Ponto final”, insistiu o médico.

“Chega de sofismas, chega de mentiras, chega de minorar as doenças”, concluiu o especialista: “As doenças matam, as vacinas salvam”.

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